Após muitas especulações e informações distorcidas, a família de Paulinha Abelha divulgou atestado de óbito e resultados de exames que revelaram as possíveis causas da morte da cantora, vocalista da banda Calcinha Preta. Além do atestado e dos exames, uma prescrição de remédios no nome de Paulinha. Ao todo, quatro doenças são apresentadas como causas do falecimento, e uma combinação de medicamentos, suplementos para emagrecer e sedativos hospitalares pode ter agravado a saúde da cantora.
Os quadros clínicos que levaram ao óbito foram identificados como meningoencefalite, hipertensão craniana, insuficiência renal aguda e hepatite. Ao todo, foram três órgãos afetados: cérebro, rins e fígado. A meninge, conjunto de membranas que reveste o cérebro, também foi atingida.
O exame toxicológico, por sua vez, detectou duas classes de substâncias: barbitúricos e anfetaminas. A primeira engloba sedativos usados em hospitais, e pode ter sido usada durante a internação da cantora. A segunda categoria inclui uma série de medicamentos, um dos quais era prescrito para Paulinha. Outras substâncias testadas, como cocaína, maconha e ecstasy, não foram detectadas.
Uma receita médica também foi exibida, com 20 substâncias entre remédios, fórmulas fitoterápicas e suplementos nutricionais. Entre os produtos, há três para melhoria de concentração e memória, três para aumentar a qualidade do sono, e uma dúzia de substâncias para emagrecimento.
Outro exame, por fim, avaliou a situação do fígado de Paulinha pouco antes de sua morte. O resultado indica necrose no órgão, acompanhada de colestase (funcionamento reduzido do fígado). Segundo o documento, o resultado pode ter relação com o uso de remédios frequente e em grande quantidade.
Há um terceiro exame, de biópsia do rim, cujo resultado ainda não foi concluído. Segundo a médica que elaborou a receita com 20 substâncias para Paulinha, o acompanhamento da paciente era realizado, desde 2020, por equipe multidisciplinar, e seguia protocolos de saúde que consideravam o quadro clínico da cantora.
