O vereador Gabriel Monteiro (PL) e outras seis pessoas são alvos de uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro na manhã desta quinta-feira (7). Segundo os agentes, são cumpridos mandados de busca e apreensão na casa e no gabinete do parlamentar, que está sendo investigado pelo vazamento de um vídeo contendo cenas de sexo com uma adolescente de 15 anos.
Na decisão do juiz Guilherme Ferreira Chaves, do plantão judicial, autoriza, a pedido do delegado Luís Armond, titular da 42ª DP, a apreensão de material e outros objetos que possa conter relação com a prática desse tipo de crime, como laptops, computadores, tablets, celulares, kindles, smartphones, mídias externas e portáteis, como HDs, pendrives, CDs e DVDs.
De acordo com o magistrado, no dia 28 de março, Gabriel procurou a 42ª DP para registrar o vazamento de imagens íntimas em que aparece mantendo relações sexuais a adolescente. Na ocasião, ele afirmou manter um relacionamento consentido com a menina há cerca de 10 meses, o que foi confirmado por ela mais tarde.
O vereador disse ainda ter sentido falta de cinco HDs externos e quatro cartões de memória, deduzindo ter sido traído pelos funcionários Matheus de Souza Oliveira e Heitor de Nazaré Neto, por suposto envolvimento deles com o empresário Rafael Sorrilha, que seria ligado a chamada “máfia dos reboque”, que vinha sendo denunciada pelo parlamentar. Na delegacia, Gabriel também contou sobre o vazamento de outros vídeos particulares.
Na semana seguinte, seis testemunhas, entre assessores e ex-assessores da Câmara, foram ouvidas na delegacia e narraram uma versão diferente da história. Robson Coutinho da Silva (cinegrafista), por exemplo, afirmou que Gabriel tinha ciência da menoridade da vítima, entanto Heitor disse que o investigado promovia festas com menores, momento em que mantinha relações sexuais com elas e fazia uso compartilhado de drogas.
Matheus, por sua vez, relatou que o vereador gostava de exibir os vídeos íntimos como forma de troféus.
Processo na Câmara
Na 4ª feira (6.abr), a Mesa Diretora da Câmara de Vereadores do Rio encaminhou a representação contra Gabriel para a Comissão de Constituição e Justiça da Casa. Ele é acusado por ex-servidores e funcionários de vários crimes, como assédios moral e sexual, agressões e uso indevido de servidores.