O ministro da Economia, Paulo Guedes, considerou que o Brasil já saiu do “inferno da inflação”, apesar do índice ter registrado a maior alta para um mês de abril desde 1996. São 1,06% no mês, conforme levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Além do dado recente, as previsões também não estão de acordo com o ministro. Analistas do mercado financeiro preveem inflação de 7,89% para o fim deste ano. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,5% e será considerada cumprida se oscilar entre 2% e 5%.
Paulo Guedes sustenta seu posicionamento fazendo comparações com outros países: “Está faltando manteiga na Holanda, tem gente brigando na fila da gasolina no interior da Inglaterra, que teve a maior inflação dos últimos 40 anos e vai ter dois dígitos já, já. Eles estão indo para o inferno. Nós já saímos do inferno, conhecemos o caminho e sabemos como se sai rápido do fundo do poço”.
Por aqui, para conter os preços, o Banco Central tem subido a taxa básica de juros há 15 meses. Atualmente, a Selic está em 12,75% ao ano, o maior patamar em mais de cinco anos.