De acordo com o Sindipostos RN, o fim de promoções que os postos vinham realizando (absorvendo parte dos custos) e a necessidade de importar produtos em virtude da sua escassez no mercado nacional (que já leva distribuidoras a limitar a entrega às revendas) são os principais motivos por trás da alta nos preços da gasolina que os potiguares começaram a notar entre a noite desta segunda-feira (23), e a manhã desta terça-feira, (24).
Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), entre os dias 31 de dezembro do ano passado e o último sábado, 14 de maio, o preço médio do litro da gasolina C nos postos do RN subiu 8,41% (saindo de R$ 6,955 para R$ 7,54). No mesmo período, a Petrobras reajustou o litro da gasolina nas refinarias em 24,5%.
“Fica claro que havia uma enorme defasagem entre o que foi reajustado nas refinarias e o que efetivamente chegou às bombas. Ou seja, os postos estavam praticando preços promocionais. Porém, com a escassez dos produtos e com a importação feita pelas maiores distribuidoras, que compram com o preço do mercado internacional (ainda mais caro que o praticado pela Petrobras), os postos têm tido seus custos majorados, sendo inevitável o repasse ao consumidor final”, afirma o presidente do Sindipostos RN, Maxwell Flor.
Na semana passada, o Sindipostos RN já havia alertado para a possibilidade de falta de produtos, além de destacar uma queda média de 25% a 30% nas vendas em virtude dos altos preços dos combustíveis, ratificada pelos números da arrecadação de ICMS do setor, divulgados pela Secretaria Estadual de Tributação.
O resultado prático disso é a falta de produto para o abastecimento do mercado interno. Esta escassez já existe no diesel S10, cujas compras estão em constante restrição, há cerca de dois meses. Nos últimos dias também atingiu a gasolina. E as perspectivas para os próximos meses são preocupantes.
“Os números reforçam o que nós vimos dizendo sempre: não interessa aos postos que os preços subam porque, com a alta vem a inevitável queda nas vendas. E nenhum varejista quer, ou mesmo pode, vender menos. Nos interessa menos ainda um cenário de desabastecimento porque isso seria extremamente desastroso para todo o sistema”, afirmou o presidente do Sindipostos RN, Maxwell Flor.
Informações do Sindipostos RN.