Um golpe que tem sido frequente e tem atingido empresas enquadradas no regime do Simples Nacional, que realizam o pagamento de seus impostos através do DAS (Documento de Arrecadação do Simples). Funciona da seguinte forma: fraudadores emitem uma guia DAS falsa, contendo um código Pix de uma conta que não é a da Receita Federal e encaminham para as empresas, fazendo com que empresários desatentos caiam no golpe.
Segundo a contadora Joarla de Medeiros, no caso do Pix, é importante lembrar que não possui um sistema de estorno, ou seja, quando um pagamento é realizado incorretamente, a única maneira de resgatar o dinheiro transferido seria através de um contato com quem recebeu o dinheiro, que no caso de estelionatários se torna algo praticamente impossível.
Para driblar esse tipo de transtorno, é importante que empresários alertem os departamentos financeiros para que verifiquem sempre a fonte que lhes enviou o documento. “Antes da efetivação dos pagamentos, lembre-se de checar o nome do beneficiário, pois quando se trata de uma fraude o nome que aparece no sistema do banco será o de uma pessoa física ou empresa”, alerta Joarla.
O que você precisa saber sobre o Pix
O Pix é o mais novo queridinho do Brasil que, e de acordo com os dados do Banco Central, já responde por mais da metade das transferências bancárias, o PIX (sistema lançado pelo Banco Central do Brasil em novembro de 2020, que permite transferências e pagamentos eletrônicos a qualquer hora do dia).
Mas será que a Receita Federal pode usar o Pix para investigar seus bens e verificar suas movimentações financeiras?
Segundo a contadora Joarla de Medeiros, as transferências feitas pelo sistema estão protegidas pela lei do sigilo bancário. “Porém os bancos enviam para a Receita um apanhado dos valores movimentados nos últimos 5 anos de todas as operações dos contribuintes, o que inclui o Pix. A Receita já sabe e vai continuar tendo acesso a sua movimentação, seja ela DOC, TED ou PIX”, explica.