Um dado em comum obtido em pesquisas internas de Jair Bolsonaro (PL) e de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se desdobrou em estratégias das campanhas dos dois principais nomes na corrida ao Planalto. Os números extraídos em levantamentos próprios mostram que, quando apresentado sem referências à própria legenda, o petista se sai melhor. O mesmo não ocorre quando aparece ao lado de personagens históricos do PT.
Bolsonaro, assim, vai desencadear petistas-raiz envolvidos em escândalos ou ligados a uma suposta ineficiência administrativa. É uma tentativa de colar a imagem do partido aos movimentos de Lula. O petista, por sua vez, vai esconder a legenda e alguns dos principais aliados — como José Dirceu e também a ex-presidente Dilma Rousseff. Não é uma das tarefas das mais fáceis, até porque a campanha de Bolsonaro já prepara inserções mostrando a relação de Lula com os aliados.
Convenções
A ação de marqueteiros do PT já foi usada na campanha de Fernando Haddad, em 2018, mas ganhou contornos mais evidentes com a ausência de Lula na convenção petista na última 5ª feira (21.jun). Tudo deve ficar ainda mais claro com a participação do petista na próxima 6ª feira (29.jun), na convenção do PSB, partido do candidato a vice Geraldo Alckmin.
