Baleias Jubartes têm sido vistas com frequência na costa potiguar, entre as praias de Cotovelo e Búzios, Litoral Sul do Rio Grande do Norte. Os mamíferos podem ser vistos em todo o litoral, e permancem aqui, até o mês de novembro, de acordo com o Projeto Mamíferos Marinhos do Rio Grande do Norte (Prommarn).
“As baleias Jubartes utilizam o nosso litoral de junho a novembro para reprodução e acasalamento. Na primeira quinzena de novembro elas começam o movimento migratório para as áreas de alimentação, na Antártida. Vão percorrer cerca de 5 mil km. Vão levar cerca de 2 meses para chegar lá. E chegando lá, vão ficar se alimentado até o mês de maio. E aí, começam a fazer o movimento migratório para as águas nordestinas”, disse o professor Lídio Nascimento, coordenador e pesquisador do Projeto Mamíferos Marinhos do Rio Grande do Norte (Prommarn).
“Esse é o ciclo migratório das baleias jubartes, e esse ano, nunca tínhamos registrado tantas baleias assim. No mês de setembro chegamos a registrar 22 baleias em um único dia, entre as praias de Cotovelo e Búzios” detalhou o professor e pesquisador, Lídio Nascimento.
O professor Lídio informou que são 12 meses de gestação e que os filhotes nascem no litoral potiguar, “Já nascem com cerca de 3,5m”, concluiu. Ao ser questionado sobre o tamanho e peso das baleias, o especialista respondeu que elas podem chegar à 16 metros e pesar até 60 toneladas.
Uma curiosidade é que o programa realiza a pesquisa somente com as baleias Jubarte, mas também chegam até a costa potiguar várias outras espécies, como as baleias Minke, Cachalote e Bryde.
Sobre o projeto PROMMARN:
A equipe do projeto PROMMARN, é formada por quatro pesquisadores e três voluntários. Na equipe, estão doutores, mestres e especialistas, que atuam desde o ano de 2017 de forma totalmente independente. O projeto realiza a pesquisa e conservação das baleias jubarte e golfinhos nariz de garrafa, onde segue, da praia de Ponta Negra até Tibau do sul. Segundo Lídio, as fotos das baleias são realizadas normalmente, em alto mar, à 15 km da costa. Ainda segundo o pesquisador entrevistado, os especialistas irão abrir uma Organização não governamental (ONG) no final deste ano (2022).
Por Lara Carvalho, especial para o Ponta Negra News