De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o teatro, assim como as outras artes, articula saberes referentes a produtos e fenômenos artísticos e envolve as práticas de criar, ler, produzir, construir, exteriorizar e refletir sobre formas artísticas. A sensibilidade, a intuição, o pensamento, as emoções e as subjetividades se manifestam como formas de expressão no processo de aprendizagem em Arte. Além disso, contribui, ainda, para a interação crítica dos alunos com a complexidade do mundo, além de favorecer o respeito às diferenças e o diálogo intercultural, pluriétnico e plurilíngue, importantes para o exercício da cidadania. Dentro dessa perspectiva, a Escola Municipal Cívico-Militar João XXIII recebeu nesta quinta-feira (20), o projeto “Um Filme Sem Fim”, um documentário que conta parte da história do grupo de teatro Clows de Shakespeare. O filme foi exibido para as turmas de 9º ano da unidade de ensino, situada no bairro Alecrim.
O grupo de teatro Clowns de Shakespeare completa 30 anos em 2023 e para marcar o início das comemorações lançou o documentário “Um Filme Sem Fim” que será exibido em cinco escolas municipais, nesse primeiro momento, com a intenção de, além de contar a história do grupo, atrair os alunos para o teatro, como espectadores ou como futuros artistas. O documentário tem o patrocínio da Prefeitura do Natal, por meio da Lei de Incentivo à Cultura Djalma Maranhão e vai percorrer também as Escolas Municipais Juvenal Lamartine, Celestino Pimentel, Professora Palmira de Souza, Professora Almerinda Bezerra Furtado e quatro escolas estaduais.
A estudante do 9º ano, Luana Barros de Oliveira, de 15 anos, falou sobre as experiências durante o filme. “Eu já tinha assistido uma apresentação de teatro, e este filme especificamente, eu gostei muito, principalmente porque eles mostraram o dia a dia, eu adoro história, então eles contaram tudo que eles fizeram, essa trajetória, eu acho muito interessante. E também os personagens, como eles são construídos”.
O ator e produtor do grupo de teatro Clows de Shakespeare, Diogo de Oliveira Spinelli relatou sobre a experiência que está tendo nas escolas. “Estamos tendo uma boa receptividade, está sendo muito legal. O filme ainda não estreou oficialmente, então os alunos da rede municipal estão sendo as primeiras pessoas que estão assistindo o filme junto com a gente. Para nós é sempre legal ver essa troca, e ao mesmo tempo ver como o filme pode estimular essas pessoas a conhecerem um pouco mais a nossa história. É muito interessante mostrar um pouco de outros universos, apresentações artísticas que acontecem na cidade há 30 anos e que de repente eles não conheciam”.
“Essa experiência foi bem importante para fomentar o que já é trabalhado com os estudantes do 9º ano, contribuindo também com a apresentação que eles farão na feira de ciências da nossa escola, que acontecerá em novembro”, ressaltou a professora de Artes, Dalvanira Souza de Melo.