Economia

83% das empresas sobreviveram a 2020, primeiro ano da pandemia

Foto: Getty Images

As empresas formalmente constituídas no Brasil atravessaram o biênio 2019/2020 — incluindo a etapa sobe forte influência da pandemia de Covid-19 — e, em sua maioria, conseguiram sobreviver. A pesquisa Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo 2020, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quarta-feira (26.out), revela que, ao final de 2020, 83,1% (4 milhões de empresas) eram sobreviventes, e já existiam no início do período de coleta de dados, um ano antes.

Os demais 16,9% (ou 826,4 mil) representam entidades que ingressaram no sistema: 669,7 mil são novas companhias; e 156,8 mil estavam com atividades paralisadas e voltaram a produzir.

Período de pesquisa

Por tratar-se de pesquisa estrutural, a metodologia do IBGE considera coletar dados a partir de dois anos-base (neste caso, 2019 e 2020), compilá-los ao longo do ano seguinte e divulgá-los no posterior, o que corresponde ao intervalo de captação até a apresentação dos resultados, nesta quarta-feira (26.out).

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Pessoal ocupado

Entre as empresas sobreviventes, 46,4% não tinham pessoal ocupado assaladirado. 43,0% tinham entre 1 e 9 assalariados. E 10,6% tinham mais ou mais pessoas ocupadas e assalariadas. Esta seria o melhor cenário de contratação de pessoal — e igualmente definidor do perfil das empresas mais “desejáveis para se trabalhar”, de acordo com definição do Analista Sócio – econômico do IBGE, Jefferson Mariano. Ou seja, quanto mais gente ocupada assalariada, mais a visão sobre a companhia contratante tende a ser positiva. Não à toa, as empresas de maior porte, com 10 ou mais pessoas empregadas, responderam por 82,7% do pessoal ocupado assalariado.

Giro alto

Entre as empresas que têm crescimento médio do pessoal ocupado assalariado maior do que 20% ao ano — as chamadas empresas de alto crescimento –, por um período de três anos e com pelo menos 10 pessoas assalariadas, havia 24.366 empresas, com 3,6 mihões de assalariados. O valor dispendido em salários e remunerações chegou a R$ 102,0 bilhões; o salário médio mensal foi equivalente a 2,5 salários mínimos. Estas empresas representaram 1,0% do total. Em 2020, havia 4,9 milhões de empresas que ocupavam 32,4 milhões de pessoas assalariadas. O desembolso com remunerações do conjunto das companhias chegou a R$ 1,1 trilhão.

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Atividades setorial

O Comércio foi o setor com maior destaque; reparação de veículos e motocicletas teve saldo positivo de 39.069 empresas. Em seguida vieram as atividades científicas e técnicas, com 35.326 empresas. Aquelas que aparecem com maiores saldo negativos incluem Educação, com fechamento de 3,5 mil empresas; alojamento e alimentação, com menos 2,7 mil; e artes, cultura, esporte e recreação, com menos 1,2 mil.

Temporada política

Na avaliação do analista sócio econômico do IBGE, Jefferson Mariano, a taxa de sobrevivência das empresas, no ano de 2020 e apesar da pandemia, dependendo do recorte considerado, chega a ser maior do que nos anos anteriores, inclusive sem Covid-19. Resultado, segundo ele, da implementação de políticas como redução de jornada de trabalho e de salários, que permitiram que as empresas enfrentassem dificuldades, mas sobrevivessem.

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“E em alguns setores mais específicos, houve a criação de atividades que não existiam antes, em decorrência do home office. Atividades ligadas à informática e à comunicação, por exemplo, desenvolveram nível de atuação que não havia antes. Sem falar na migração para o trabalho remoto a partir desse período. São exemplos ainda alguns trabalhos de assistência técnica, comércio… se a gente pensar bem, o comércio teve dificuldades, mas houve criação de muitos postos de comércio local”, explica.

Fonte: SBT NEWS

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