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Parques eólicos fazem crescer PIB e empregos no RN, mostra análise inédita do SENAI

Rodrigo Mello, diretor do SENAI-RN: Cadeia produtiva tem feito a diferença no ambiente econômico em que se instala | Foto: Luana Tayze

Municípios com parques eólicos instalados no Rio Grande do Norte deram um salto nos últimos anos em geração de riquezas, empregos e criação de negócios. Para que os benefícios econômicos ajudem a alavancar também indicadores sociais, entretanto, políticas públicas e atenção à gestão são consideradas fundamentais.

As conclusões fazem parte da análise “Impactos Socioeconômicos da produção de energia eólica nos municípios do Rio Grande do Norte”, apresentada em primeira mão nesta terça-feira (8), durante o Fórum de Energias Renováveis, promovido pela Comissão Temática de Energias Renováveis (COERE), da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), em conjunto com o SENAI-RN e o SEBRAE.

O trabalho foi desenvolvido pelo MAIS RN – Núcleo de Gestão Estratégica da FIERN – a pedido do SENAI.

Foram analisados 10 municípios, que concentram 76% da geração eólica no estado e 84% dos parques. A lista inclui Areia Branca, Bodó, Guamaré, João Câmara, Parazinho, Pedra Grande, São Bento do Norte, São Miguel do Gostoso, Serra do Mel e Touros.

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O objetivo foi identificar se a instalação dos empreendimentos influenciou indicadores socioeconômicos nessa região, considerando especialmente os anos 2005, 2015 e 2020 – apresentados como marcos de antes do início das atividades do setor eólico, da fase de transição e da instalação e operação da atividade econômica no conjunto dos municípios estudados.

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RESULTADOS
Em números, os dados revelam que o Produto Interno Bruto (PIB), a soma das riquezas geradas na economia, cresceu a uma taxa média de 70% na área em análise, acima da média do estado — estimada em 54%.

A partir do ano 2010, ou seja, após o primeiro leilão de energia eólica, realizado em 2009, o crescimento no conjunto dos 10 municípios chegou a ser quase o dobro do verificado nas demais regiões potiguares. O PIB per capita também avançou.

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Com relação aos empregos com carteira assinada e às receitas públicas, a taxa de crescimento também supera a média estadual nos municípios com atividade eólica. O número de estabelecimentos comerciais aumentou, em um contexto em que milhares de negócios fecharam as portas em outras áreas do estado.

“O estudo reconhece com números, com dados medidos, que essa cadeia produtiva tem feito a diferença no ambiente econômico em que se instala. Ele mostra um real e importante impacto econômico nos municípios. Se verifica claramente a oportunidade de transformação desses benefícios econômicos em benefícios sociais. E a sociedade espera que esse segundo passo aconteça”, diz o diretor do SENAI-RN, Rodrigo Mello, em referência a outra conclusão da análise: indicadores sociais, como educação e saúde, não tiveram um comportamento homogêneo entre os municípios. Em alguns deles houve melhorias. Em outros, os indicadores se comportaram abaixo da média.

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