João Teixeira de Faria, mais conhecido como João de Deus, foi condenado, nesta quarta-feira (8), em mais três processos, que juntos ultrapassam 109 anos de prisão. O réu ainda foi condenado nas três ações penais a pagar indenizações por danos morais às vítimas em valores de até R$ 100 mil e segue em prisão domiciliar determinada pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goias (TJGO).
O médium já havia sido condenado em outros seis processos, por violação sexual mediante fraude, estupro de vulnerável e posse ilegal e irregular de armas de fogo. As penas dos nove processos somam mais de 223 anos e três meses de reclusão.
As sentenças proferidas nesta quarta são em relação a casos que aconteceram entre os anos de 2010 e 2016.
Na primeira sentença, o médium recebeu 51 anos e nove meses de reclusão em relação a cinco vítimas por crimes de violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável, ocorridos entre os anos de 2010 e 2016. O réu e seu filho, Sandro Teixeira de Oliveira, foram absolvidos dos crimes de corrupção de testemunha e de coação no curso do processo.
A segunda sentença somou 16 anos e 10 meses de reclusão, correspondendo, também, pelos mesmos crimes, em relação a três novas vítimas, entre os anos de 2011 e 2013. Nesse processo, João de Deus foi absolvido em relação a outras três vítimas, sendo reconhecida a extinção da punibilidade pela prescrição em relação a uma vítima.
Por fim, João de Deus foi, mais uma vez, condenado a 41 anos e quatro meses de reclusão, em relação também a violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável. Desta vez, o processo envolvia cinco vítimas, em episódios ocorridos entre 2010 e 2015.
João de Deus está preso desde 16 de dezembro de 2018, quando diversas denúncias de abuso sexual contra o médium vieram à tona. Até o momento, os oito processos envolvendo violência sexual já julgados englobam 39 vítimas. Há, em tramitação, mais sete ações penais da mesma natureza em fase de alegações finais. Segundo o juiz Marcos Boechat Lopes Filho, titular da comarca de Abadiânia, todas devem ser julgadas até março do ano que vem.
Fonte: SBT News