Na terra dos Palácios, quem tem uma fofoca boa é o Rei. E ainda ganha muitos cliques. A última “bomba” sobre a Família Real veio justamente do jornal que costuma criticar a cobertura sensacionalista dos tablóides britânicos.
O respeitado The Guardian rendeu-se ao apelo midiático em torno da realeza e trouxe hoje, com exclusividade, detalhes sobre uma briga entre irmãos William, 40 e Harry, 38, originalmente publicados na biografia do Duque de Sussex, que será lançada mundialmente na próxima terça-feira. Rapidamente, o principal assunto no portal do jornal tornou-se destaque também em toda a mídia britânica.
O ataque, segundo descreve o The Guardian, ocorreu em 2019, em um dos chalés do Palácio de Kensington, na região central de Londres, onde Harry e Meghan Markle moravam na época. O Príncipe William teria chamado a esposa do irmão de “difícil, rude e irritante”.
A situação teria escalado para palavrões até chegar às vias de fato. No livro, Harry narra que William tinha um copo de água na mão. Os detalhes inéditos trazidos pelo jornal mostram um momento de raiva entre dois irmãos. A história que causa tanta comoção, no entanto, é a briga entre 2 príncipes.
“Ele baixou a água, me chamou de outro nome e veio até mim. Tudo aconteceu muito rápido, muito rápido. Ele me agarrou pela gola, rasgou meu colar e me jogou no chão. Caí na tigela do cachorro, que rachou nas minhas costas. Os pedaços me cortaram. Fiquei ali por um momento, atordoado, depois me levantei e disse a ele para sair”.
O Duque e a Duquesa de Sussex deixaram as suas funções na Família Real em janeiro de 2020, mas mantêm os títulos de nobreza. Ambos se queixam que detalhes da vida privada do casal eram vazados para a imprensa por integrantes e funcionários da Realeza, que Meghan foi vítima de racismo e que a atriz, nascida nos Estados Unidos, não teve a ajuda que precisava do restante da família.
Foi Martin Pengelly, correspondente do The Guardian em Nova York, quem conseguiu acesso antecipado a uma cópia da biografia, chamada “Spare”. Nicholas Witchell, comentarista da Realeza mais antigo da BBC, lembrou que “esta é apenas uma parte da história” e que “ironicamente veio do The Guardian”.
Segundo o jornal britânico, Harry descreve que William comprou a narrativa da imprensa para fazer reclamações sobre Meghan, acusa o irmão de “não ser racional” e “de se comportar como um herdeiro, incapaz de entender seu irmão mais novo”.
Em um dos diálogos reproduzidos do livro, Harry alega que pediu ao irmão para que deixasse sua casa e que, antes de sair, William fez um pedido:
– Você não precisa contar a Meg (Meghan) o que aconteceu.
– Que você me atacou?
– Eu não te ataquei, Harold.
Outra revelação do livro é que William chama Harry por outro nome. Harold é um apelido interno. A Família Real ainda não se pronunciou sobre o episódio e nem tem comentado as incursões de Harry e Meghan na mídia.
Desde 2020, os dois moram nos Estados Unidos com os filhos Archie Harrison, de 3 anos, e Lilibet Diana, que tem 1 ano de idade. Uma série que traz bastidores da história do casal está disponível na plataforma de streaming Netflix.
Recentemente, Harry deu uma entrevista exclusiva às redes ITV do Reino Unido e CBS, dos Estados Unidos, em que comentou sobre o livro e a difícil relação com a família. Entre outras coisas, disse que queria “seu pai e irmão de volta” e que não tinha certeza se compareceria à coroação do Rei Charles III, prevista para maio, em Londres.
Apesar de tudo, o príncipe afirmou que ainda acredita na monarquia britânica.
SBT News