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Caso Rafael: confira como foi o primeiro dia de julgamento

Foto: Divulgação

Começou nesta segunda-feira (16), em Planalto, no norte do Rio Grande do Sul, o julgamento de Alexandra Dougokenski, acusada de matar o próprio filho, Rafael Mateus Winques, de 11 anos, em 2020.

A primeira testemunha ouvida foi uma professora da vítima. Ela não permitiu a transmissão do depoimento. A mulher revelou que Alexandra não parecia nervosa com o sumiço do filho e permaneceu tranquila nas buscas.

O segundo a falar foi o delegado que atendeu o caso na época. Segundo ele, Alexandra admitiu, depois de um tempo, ter matado o filho de propósito.

“O motivo que foi apurado e ela mesmo comentou sobre a desobediência, a falta de cuidado com o estudo, ele tava desleixado com os estudos, ela reclamou disso, o excesso no uso do celular”, disse o delegado Ercílio Carletti.

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O Ministério Público mostrou um vídeo em que Alexandra conversa com uma corregedora da polícia e nega ter sigo coagida para confessar o crime: “não, em nenhum momento. Eu que quis mesmo falar toda verdade por causa da criação que eu dei para os meus filhos. Eu sempre ensinei a falar a verdade. Eu sempre falei a verdade”.

Alexandra responde por homicídio qualificado com motivo torpe e fútil, além de asfixiar a vítima e ter dopado a criança para dificultar a defesa. Alexandra ainda é acusada por ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual, já que apresentou um calendário como prova, com uma falsa anotação.

Alexandra Dougokenski mudou cinco vezes de versão. Agora, ela nega a autoria do crime e acusa o pai de Rafael. Rodrigo Winques morava em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, mas a defesa de Alexandra diz ter provas de que ele estava em Planalto quando Rafael desapareceu.

O MP não tem dúvidas de que Alexandra matou Rafael. “Há provas cabais que foi ela que matou o próprio filho naquela noite, sozinha, sem ajuda de ninguém e se uma pessoa que mata o próprio filho, desacordado, em casa, no seio familiar, não receber a pena máxima, então ninguém recebe a pena máxima no Brasil”, afirmou o promotor Diogo Taborda.

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Para confrontar as versões, o júri pode contar com um procedimento incomum – uma acareação entre Alexandra e o pai da criança.

SBT News

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