Familiares do estudante de medicina que morreu após cair de um prédio em Nova Parnamirim no ano passado, contrataram um perito particular para reavaliar os laudos do Itep no caso. Vários elementos estão sendo questionados.
A princípio, o caso do estudante de medicina de 20 anos Yago ferreira que morreu em março do ano passado após cair do oitavo andar de um prédio em Nova Parnamirim está sendo tratado como um caso de suicídio, mas a família nunca acreditou ou aceitou essa possibilidade e trabalha desde o acontecido para chegar a uma conclusão mais próxima do que aconteceu. O apartamento está praticamente intacto: a tela cortada, o banheiro, o quarto do rapaz, tudo foi deixado como no dia da morte.
Nesta quarta feira (25), Kleber Amorim, perito judicial contratado pela família esteve no condomínio para solicitar as imagens do dia do fato. Ele alega que o corpo foi movido do local original de onde caiu, mas foi impedido pela síndica de receber e vê os vídeos.
De acordo com o laudo assinado pelo perito, vários elementos apontam para um homicídio e não suicídio. Um dos fatos são os cortes na tela por onde Yago teria caído, para ele dois tipos de facas foram utilizadas e pelo tamanho do buraco também duas pessoas precisariam puxar a tela para a passagem de um corpo.
Além disso segundo o perito em suicídios dessa natureza o mais comum é que a vítima se jogue de cabeça e Yago teria caído com o corpo de lado, pois nenhuma lesão foi constatada na cabeça.
Alem disso, após cair o corpo teria sido movido, a versão levantada pelos amigos que estavam com Yago foi que ele teria caído na parte da calçada, mas o perito afirma que ele caiu na grama. Um outro ponto levantado é o sangue encontrado no local que contradiz com a hora da morte do jovem.
Kleber amorim ainda questiona a versão dos jovens que estavam com Yago sobre o consumo de drogas no dia da morte do estudante. Para ele tudo também foi armado, principalmente a versão de que Yago teria consumido muito chá de um tipo de cogumelo alucinógeno, teria surtado e pulado do prédio.
Existem vários outros pontos ainda questionados sobre os vestígios do banheiro, espinhos de cactos nos pés dos amigos da vítima entre outros, tudo está descrito no laudo particular. Agora a família espera por uma resposta da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa que está investigando o caso. Eles também enviaram um pedido de providência ao Ministério Público diante da não concordância do laudo do Itep.