“Eu jamais ia fazer isso com minha irmã. Não faço a mínima ideia de quem mandou fazer isso”. Essas palavras são de Palloma Natalusca, irmã da empresária Pollyana Natalusca, assassinada a tiros dentro de loja de parafusos, em 2021, na Zona Norte de Natal. Palloma concedeu entrevista exclusiva ao programa Patrulha da Cidade, da TV Ponta Negra, nesta quinta-feira (9).
Palloma Natalusca foi indiciada e presa juntamente com o marido dela pela Polícia Civil apontada como mandante da morte da irmã, de 22 anos, mas responde pelo processo em liberdade. A investigação da Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) aponta que a motivação do crime teria sido a herança. Os pais de Palloma, Pollyana e Elisangêla, morreram em 2009 e em 2011. Pollyana era mais nova e filha adotiva.
“Essa acusação não é verdadeira pelo fato que em 2018 foi tudo resolvido da herança. Pollyana era como se fosse minha filha, desde de 10 anos de idade que morava comigo e com meu marido, só saiu depois que foi morar com uma pessoa”, destacou Palloma ao Patrulha da Cidade.
Palloma afirmou também que existe um áudio que ela encaminhou à polícia. “Existe um áudio da minha irmã falando que não confiava em algumas pessoas. Passei para o delegado”, concluiu.
Memória do caso
A jovem empresária Poliana Nataluska Costa de Medeiros, 22 anos, foi assassinada na manhã do dia 18 de maio de 2021, em uma loja de parafusos na Avenida Boa Sorte, bairro Nossa Senhora da Apresentação, Zona Norte de Natal.
Dois meses depois, a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, prendeu durante a primeira fase operação Off Roade, três suspeitos de envolvimento no crime, entre eles João Paulo Rocha, apontado pela polícia como o autor do disparo que matou a jovem.
Meses depois, o suspeito ganhou o direito de responder em liberdade. Mas, essa semana, João Paulo acabou preso novamente, segundo a DHPP, ele é suspeito de assassinar um rapaz em São Gonçalo do Amarante, seis meses antes da morte de Poliana.
Disputa por herança pode ter motivado o crime
As investigações da DHPP, apontaram que o assassinato de Poliana foi motivado por uma disputa por herança, avaliada em aproximadamente R$ 2 milhões de reais. Segundo a polícia, a mandante seria uma irmã adotiva que não aceitava a partilha dos bens e que acabou sendo presa, junto com o marido
Entre os bens, estavam dois apartamentos na Zona Sul de Natal, uma casa em Extremoz, além de 15 lotes para granja também no mesmo município. Casas e prédios comerciais faziam parte da herança. Um ano ano e nove meses após o assassinato, os suspeitos aguardam julgamento em liberdade.
Produção: Bruno Rocha
Com informações de Ranilson Oliveira, repórter da TV Ponta Negra