O Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) estima que, a partir de abril, o preço de cerca de 13 mil medicamentos deve ser reajustado em 5,6%. O cálculo é baseado na inflação acumulada até fevereiro e deve ser anunciado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) ainda nesta semana.
Segundo o Sindusfarma, de 2012 a 2022, a inflação geral somou 90,24% ante uma variação de preços dos medicamentos de 76,79%. O ano passado foi considerado atípico pela entidade, que apontou para desafios como custos de produção, puxado pela elevação de preços dos insumos farmacêuticos e frete de matérias-primas.
“Os medicamentos têm preço controlado e congelado por 12 meses. Nenhuma empresa pode aumentar o preço máximo ao consumidor (PMC) de seus produtos sem autorização do governo”, disse o Sindusfarma, ressaltando que o reajuste é feito anualmente. Neste ano, a mudança deve ser aplicada na 6ª feira (31.mar).
O reajuste, no entanto, não é automático ou imediato. Isso porque a grande concorrência entre as empresas do setor regula os preços: medicamentos com o mesmo princípio ativo e para a mesma classe terapêutica (doença) são oferecidos no país por vários fabricantes e em milhares de pontos de venda.
“É importante o consumidor pesquisar nas farmácias e drogarias as melhores ofertas dos medicamentos prescritos pelos profissionais de saúde. Dependendo da reposição de estoques e das estratégias comerciais dos estabelecimentos, aumentos de preço podem demorar meses ou nem acontecer”, explica o presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini.
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