O mercado financeiro nacional fechou com altas na data simbólica dos primeiros 100 dias do novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nesta 2ª feira, a bolsa brasileira (B3) viu seu principal índice, o Ibovespa, subir 1,02% até chegar aos 101.846 pontos.
A observar pela ótica do cenário doméstico, os olhos e ouvidos atentos dos investidores e analistas ao arcabouço fiscal – sim, ainda ele – que deve ser encaminhado ao Congresso proximamente, faz pender para o “bom” o humor nos mercados nacionais. Ao menos pontualmente, dizem agentes de mercado. Não chega a ser uma tendência para os rumos dos negócios, mas algo que se esgota no curto prazo. Para cristalizar as opiniões favoráveis, faltam outras ações de governo, um plano mais definido e mais transparente, novas conquistas quanto ao “arcabouço crível”, que mencionou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Mas todo passo que venha em linha com este desejo dos economistas joga -e muito – a favor. Resta saber quanto dura.
Por ora, serviu para permitir que o Ibovespa se descolasse dos mercados internacionais, notadamente nos Estados Unidos. Por lá, os números do desemprego – em 3,5% no mês passado – vieram afinados com as expectativas dos financeiros. Mas alguma apreensão com os indicadores de inflação ainda existe. Na 4ª feira (12.abr) saem os preços ao consumidor (CPI na sigla em inglês ) e, claro, deles depende a decisão sobre a taxa de juros: no dia, o mercado ancorou em 70% aproximadamente a proporção das apostas para uma alta de 0,25 ponto percentual da taxa – dos males, o menor. Até por isso o Dow Jones veio em alta de 0,30%; o S&P500 com mais 0,10%, enquanto o Nasdaq ficou praticamente parado em + 0,03%. E qualquer que seja a sinalização sobre muros mais altos – ainda que pouco mais – mexe com o câmbio: o dólar no Brasil subiu 0,16% até os R$ 5,066 para a venda.
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