O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nessa sexta-feira (5) de uma recepção com cerca de mil convidados no Palácio de Buckingham. Ocorreu no fim da tarde, já que o Rei Charles III provavelmente precisará descansar para se preparar para o dia de amanhã. Com 73 anos, ele enfrentará um dia desgastante fisicamente e emocionalmente. Charles esperou por esse dia por décadas.
Antes da recepção, Lula se encontrou com o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak. Conversaram sobre o comércio bilateral, que tem muito para crescer, sobre a guerra da Ucrânia e, principalmente, sobre meio ambiente. O tema mais importante para a sobrevivência do planeta requer um cuidado especial com a Amazônia e, hoje, o governo britânico se comprometeu a dar 80 milhões de libras, cerca de R$ 500 milhões, para ajudar.
Ensaio geral
Hoje foi um dia de ensaio para a família real e para os organizadores da coroação do rei Charles III.
E também de um pouco de relações públicas, já que ele, o príncipe William e sua esposa Kate desceram do carro e foram cumprimentar pessoas já acampadas para ver tudo de pertinho.
As calçadas estão cheias de barracas e cadeiras no trajeto que Charles e Camilla farão amanhã pelas ruas do centro de Londres até a abadia de Westminster, onde acontecerá a cerimônia de coroação.
Tudo impecavelmente coreografado como são esses espetáculos da família real britânica. Embora muito do que se verá é copiado, lembrança de tradições antigas, desta vez será uma versão menor.
Por várias razões.
A Grã Bretanha, hoje, não é mais a potência que era em 1953, quando a Rainha Elizabeth foi coroada.
Um país menos importante internacionalmente, com uma economia menor, com menos influência. E com um público que, se ainda apoia a monarquia, já olha com um jeito mais crítico para o tamanho da conta.
Ostentação de um lado, austeridade do outro. Equilibrar a realidade com o custo da família real não é tarefa fácil.