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Saiba mais sobre os tratamentos da psoríase, diagnosticada em Xand Avião

Foto: Reprodução

Caracterizada pelas lesões avermelhadas e descamação na pele, a psoríase é uma doença considerada autoimune. Isso acontece quando o sistema imunológico, ao invés de proteger, ataca as células do próprio organismo. As causas ainda são desconhecidas, mas histórico familiar, fatores ambientais, emocionais e comportamentais podem ser um gatilho para o desenvolvimento da doença.

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a psoríase se desenvolve quando as células de defesa — em especial os linfócitos T — liberam substâncias inflamatórias que, além de dilatar os vasos sanguíneos, encaminham outras células imunológicas para a pele. Diante desse “ataque” inflamatório, a pele acelera a proliferação das próprias células, gerando a descamação e as lesões comuns da doença.

Dos sintomas mais vistos, pacientes com psoríase podem apresentar:

• Manchas vermelhas com escamas secas e esbranquiçadas;

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• Pele ressecada e rachada;

• Lesões no couro cabeludo;

• Marcas nos cotovelos e joelhos;

• Coceira;

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• Queimação;

• Dor;

• Sangramento, dependendo da gravidade da doença;

• Inchaço nas articulações;

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• Descolamento, depressão e estrias nas unhas.

Cerca de 5 milhões de brasileiros são afetados pela condição, segundo a SBD, e 73% têm a qualidade de vida comprometida. Embora a prevalência seja entre os 15 e 35 anos, adultos mais jovens e idosos também podem apresentar a doença.

Para todos os casos há tratamentos de controle, que devem ser iniciados o mais precocemente possível, já que os sintomas desaparecem e reaparecem. Vale destacar que não se trata de uma doença contagiosa.

Causas e gatilhos

Entre 30% a 40% das pessoas diagnosticadas com psoríase têm um familiar de primeiro grau com a mesma condição, de acordo com informações da SBD. Além da predisposição genética, fatores ambientais, emocionais e comportamentais também podem estar associados ao desenvolvimento ou piora no quadro. São eles:

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– Estresse;

– Obesidade;

– Tempo frio, com maior ressecamento da pele;

– Infecções;

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– Alguns medicamentos, como os antimaláricos, remédios contra hipertensão (betabloqueadores) e lítio;

– Consumo de bebidas alcoólicas e tabagismo.

Tipos de psoríase

A psoríase se divide em diferentes tipos, de acordo com as características das lesões e onde elas estão localizadas no corpo. Confira mais detalhes de cada uma, de acordo com o dermatologista Caio Cesar Silva de Castro, assessor do departamento de Biologia Molecular, Genética e Imunologia da SBD, e com informações da SBD.

Vulgar ou em placas: é a mais comum, representando cerca de 90% dos casos. Afeta uma grande área do corpo e se manifesta, sobretudo, nos joelhos, cotovelos, couro cabeludo e região lombar, onde surgem placas secas e avermelhadas que podem rachar e sangrar, em casos mais graves.

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Gutata: geralmente, é a primeira manifestação de psoríase. “São pequenas placas em forma de gota que, geralmente, se manifestam em jovens e podem aparecer depois de infecções bacterianas, como as de garganta”, explica o dermatologista. Aparece mais crianças e jovens antes dos 30 anos, e pode melhorar de forma espontânea.

Eritrodérmica: não é muito comum. No entanto, deixa o corpo inteiro com manchas vermelhas, que coçam e ardem com intensidade. Provoca febre e calafrios. “A pessoa pode chegar a ser internada”, alerta Castro. Queimaduras graves, uso ou retirada abrupta de corticosteroides, infecções ou a falta de tratamento da doença estão entre as possíveis causas.

Invertida: mais presente em áreas de dobras e úmidas, como axilas, virilha, região genital e embaixo dos seios. Pode se agravar em pessoas obesas ou com sudorese excessiva. Surgem manchas inflamadas e vermelhas, mas sem a descamação comum em outros tipos de psoríase.

Couro cabeludo: as lesões se assemelham à caspa, já que se caracteriza pela presença de escamas brancas, ressecamento, descamação e coceira.

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Pustulosa: o nome deriva do aparecimento de pústulas, que são pequenas bolhas avermelhadas que parecem conter pus. Elas secam em até dois dias, mas podem ressurgir por um período mais longo, em qualquer parte do corpo ou em áreas específicas, como mãos, pés ou dedos. É uma das formas mais graves e raras de psoríase, e pode trazer risco de morte se não for tratada adequadamente.

Artropática: é uma manifestação da doença nas articulações — em qualquer uma do corpo. O paciente pode sentir fortes dores ao começar a mexer a articulação, mas tende a amenizar com a movimentação. Com o tempo, pode levar a uma rigidez progressiva e até deformidades mais permanentes.

Ungueal: acomete principalmente as unhas das mãos e dos pés. Esse tipo da doença faz com que a unha cresça de uma forma anormal, engrosse e escame, mudando de cor. Pode sofrer mais deformações e até descolar.

Tratamentos disponíveis

Embora a psoríase não tenha cura, as terapias disponíveis atualmente são capazes de controlar a doença e trazer qualidade de vida aos pacientes. Nos casos mais leves, a prescrição mais comum é de medicamentos em cremes com corticoide. “É o tratamento que usamos para os tipos vulgar e gutata, por exemplo, por pouco tempo, de 15 dias a um mês, para não causar atrofia de pele”, afirma Castro, dermatologista.

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Caso a doença afete uma grande área do corpo, a fototerapia pode ser indicada. “A exposição da pele à luz ultravioleta ocorre em uma cabine. São de 20 a 30 sessões por ano”, explica o especialista, que completa: “esse tratamento não funciona para o tipo invertida, para o qual utilizamos corticoides tópicos.”

Se a fototerapia não trouxer resultados, são indicados remédios antimetabólitos ou imunossupressores, diz o dermatologista. Já em manifestações graves da psoríase, como no tipo pustulosa, o tratamento é feito com imunobiológicos.

A recomendação é procurar um dermatologista assim que surgirem os sintomas e as manifestações na pele, pois a psoríase está ligada ao desenvolvimento de outras comorbidades, como artrite psoriásica, doenças cardiometabólicas e gastrointestinais e alguns tipos de câncer.

Fonte: Agência Einstein

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