O aspartame, popular adoçante não calórico usado em refrigerantes diet e zero açúcar e alimentos doces, como chicletes, deve ser declarado “possívelmente cancerígeno para humanos” pelo Centro Internaconal de Pesquisas sobre Câncer (Iarc), agência ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS).
De acordo com informações das agências de notícias EFE e Reuters, a entidade vai divulgar novas recomendações sobre o uso desse produto até 14 de julho, no site da OMS e na revista The Lancet Oncology.
Serão publicados dois documentos: um da Iarc e outro do Comitê de Especialistas em Aditivos Alimentares (JECFA, na sigla em inglês), comandado pela OMS em conjunto com a FAO, órgão das Nações Unidas para assuntos de alimentação e agricultura.
Criado em 1965, nos Estados Unidos, o aspartame é produzido a partir dos aminoácidos ácido aspártico e fenilalanina. Especialistas da OMS e FAO sinalizavam, desde 1981, que o consumo do adoçante era seguro “dentro de determinados limites”.
Exemplo: para correr riscos, um adulto de 60 kg teria que beber entre 12 e 36 latas de refrigerantes diet por dia, a depender da quantidade da substância na bebida.
No Brasil, informe técnico da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicado em 2020 e atualizado em 2021, não traz correlação do aspartarme com câncer.