O Ministério Público de São Paulo (MPSP) anunciou recentemente a abertura de um inquérito civil contra o aplicativo de relacionamento Tinder. A investigação tem como objetivo obrigar a plataforma a compartilhar dados de sequestradores com a Polícia Civil, visando combater uma prática criminosa conhecida como “golpe do amor”.
O “golpe do amor” consiste na criação de perfis falsos em aplicativos de namoro, como o Tinder, para enganar e sequestrar vítimas. Criminosos se passam por pessoas interessadas em um relacionamento amoroso e, ao conquistarem a confiança das vítimas, marcam encontros que têm como objetivo final o sequestro e a extorsão.
De acordo com o delegado Eduardo Bernardo Pereira, titular da 1ª Delegacia Anti-Sequestro (DAS) de São Paulo, o Tinder é o aplicativo de relacionamento mais utilizado pelas quadrilhas de sequestro.
O Ministério Público, em nota oficial, informou que o inquérito civil está em andamento e em sigilo, aguardando diligências para avançar nas investigações. A medida visa não apenas responsabilizar o Tinder por sua suposta negligência em relação à segurança dos usuários, mas também coibir a prática criminosa e evitar que mais pessoas sejam vítimas do “golpe do amor”.