As taxas de obesidade infantil atingem proporções alarmantes, de acordo com dados recentes divulgados por especialistas em saúde pública. A prevalência crescente da obesidade entre as crianças está gerando preocupação, à medida que os problemas de saúde associados a essa condição aumentam.
De acordo com o relatório público do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional, com dados de pessoas acompanhadas na Atenção Primária à Saúde, aponta que, até setembro de 2022, mais de 340 mil crianças de 5 a 10 anos de idade foram diagnosticadas com obesidade.
Os especialistas em saúde estão atribuindo esse aumento preocupante da obesidade infantil a uma série de fatores. Entre eles, destaca-se a mudança nos padrões alimentares, com a prevalência de alimentos ultraprocessados, ricos em açúcar e ingestão de carboidratos, além da diminuição da prática de atividades físicas. O acesso fácil a dispositivos eletrônicos, como smartphones e tablets, tem levado a um estilo de vida sedentário entre as crianças, contribuindo ainda mais para o problema.
Além disso, fatores socioeconômicos também desempenham um papel significativo nesse cenário preocupante. Crianças de famílias com renda menor têm maior probabilidade de serem submetidas à obesidade devido à disponibilidade limitada de alimentos saudáveis e à falta de acesso a atividades físicas adequadas.
Para a nutricionista Ana Luiza Sousa, o ideal é observar se a criança vem apresentando um aumento de peso constante e associar sempre aos hábitos alimentares, a partir do momento que perceber que está fora de controle, buscar auxílio do pediatra e nutricionista para avaliação corporal, afim de diagnosticar da melhor forma, além de identificar onde estão as causas disso.
Mas como introduzir uma alimentação mais saudável para a criança?
“A criança reproduz tudo que vê, então é imprescindível que os pais sejam exemplos, buscar também fazer refeições em família pode ajudar muito. Levar mais diversão para as refeições colaboram também: colocar carinhas nos alimentos, fazer um suco verde e dizer que é o suco do Hulk por exemplo… e, sempre que possível, não force e nem imponha que a criança coma aquele alimento que ela está se negando, isso gera um reforço negativo”, afirma a nutricionista Ana Luiza Sousa.
Ana Luiza ainda fala sobre como ter exemplos em casa são uma possibilidade de saída da obesidade: “O exemplo arrasta sempre. Estudos já mostram que crianças que crescem com pais que se exercitam e possuem uma alimentação saudável, tendem a adotarem esses hábitos também”, aponta a nutricionista.
O enfrentamento da obesidade infantil é um desafio complexo, mas é fundamental para garantir um futuro saudável para as gerações mais jovens. Com a conscientização, a educação e a implementação de políticas eficazes, é possível reverter essa tendência ansiosa e criar um ambiente propício para o crescimento e desenvolvimento saudável das crianças.
