Hackers chineses, a serviço do governo, invadiram os e-mails da secretária do Departamento de Comércio Gina Raimondo e de membros de outras agências do governo dos Estados Unidos, semanas antes da visita do secretário de estado do país, Antony Blinken, à China, revelou a Microsoft.
Segundo a empresa, os responsáveis pelo ataque hacker teriam usado chaves de acesso ao Outlook, uma ferramente de e-mails da companhia, para espionar Raimondo, responsável por sancionar empresas chinesas. Ela teria sido a única a ter o e-mail hackeado antes que o Departamento de Estado percebesse o ataque, em 16 de junho, e informasse a Microsoft, que bloqueou as tentativas de acesso. A empresa classificou a ação como espionagem e roubo de dados.
O governo dos EUA, contudo, não atribuiu formalmente o ataque à China e disse apenas que, após detectar “atividade anômala”, o governo tomou medidas para proteger os sistemas e “continuará a monitorar de perto e responder rapidamente a qualquer outra atividade”. Também não informou se dados sensíveis foram roubados e a quantidade de e-mails hackeados.
Diante das acusações, o governo chinês reagiu e negou qualquer relação com a invasão. Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, chamou a acusação dos EUA de hacking de “desinformação” com o objetivo de desviar a atenção da ciberespionagem dos EUA contra a China.
“Não importa qual agência emitiu esta informação, isso nunca mudará o fato de que os Estados Unidos são o maior império de hackers do mundo que conduz o maior número de roubos cibernéticos”, disse Wang em um briefing de rotina.
SBT News