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Potiguar Maria Clara leva bronze no Mundial de atletismo paralímpico

Foto: Flickr CPB

A disputa dos 400m T47 contou com o bronze da potiguar Maria Clara Augusto, 19, uma das estreantes do Brasil na competição. A novata finalizou a prova em 58s49 e conquistou seu primeiro pódio em Mundiais na carreira.

“Estou muito feliz, meu primeiro Mundial. Consegui um feito muito grande para mim. Antes de entrar na prova, conversei com a Fernanda e ela me incentivou muito para brigar por essa medalha”, recordou Maria Clara.

A paraense Fernanda Yara conquistou seu primeiro título mundial na carreira nesta sexta-feira, 14, ao vencer a prova dos 400m da classe T47 (amputadas de braço) durante o Mundial de atletismo paralímpico em Paris, na França. A disputa ainda contou com o quinto pódio duplo do país na competição, com o bronze da potiguar Maria Clara Augusto.

No total do dia, o Brasil conquistou um ouro, duas pratas e quatro bronzes. Com isso, o país empatou com a China em número de medalhas (31), mas permanece na vice-liderança do quadro geral da competição por uma diferença de três ouros — são 10 ouros ante 13 dos chineses. Além disso, os brasileros ganharam oito pratas e 13 bronzes, enquanto os chineses somam também 11 pratas e sete bronzes.

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O Brasil está representado por 54 atletas de 19 Estados e 11 atletas-guia na competição. O Mundial de atletismo de Paris é o primeiro da modalidade após os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 e acontece no Estádio Charlety. O local tem capacidade para 20 mil pessoas e pertence ao clube de futebol Paris FC, da segunda divisão francesa.

Na final dos 400m T47, Fernanda, que tem má-formação congênita no braço esquerdo, abaixo do cotovelo, fez uma prova de recuperação e completou a distância em 57s30, o seu melhor índice na temporada. No Mundial de Paris, Fernanda Yara ainda compete a prova dos 200m na próxima segunda-feira, 17.

“Estou no Movimento Paralímpico desde 2008, mas tive muitas dificuldades no começo. Antes de me tornar velocista, era corredora de rua. Mudei de cidade. Mas, depois que comecei a treinar no Centro de Treinamento Paralímpico, tive acesso àquela estrutura que me faz melhorar a cada dia mais”, afirmou Fernanda Yara, que tinha como melhor resultado na carreira o bronze nos 200m e nos 400m no Parapan de Lima 2019.

“Estou sem acreditar nesse título mundial. Apesar de sempre dizer para mim mesma que eu seria campeã mundial. A corredora chinesa na semifinal ficou me marcando [durante a prova], mas na final eu fui para cima”, completou.

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Outra estreante em Mundiais, a piauiense Antônia Keyla conquistou a medalha de prata na prova dos 1.500m da classe T20 (deficiência intelectual). A ex-atleta-guia fez a marca de 4min30s75 e cravou o novo recorde das Américas da disputa. Antes, o índice era de 4min54s58, registrados pela norte-americana Kaitlin Bounds em 2017.

“Não tem explicação. Demorei a chegar aqui. Essa medalha de prata é muito importante para mim, é a realização de um sonho. Por vários momentos da minha vida, pensei em parar. Mas eu continuei e hoje fui premiada por isso”, disse Antônia Keyla, que terminou a prova somente atrás da polonesa Barbara Bieganowska, com 4min28s66.

A segunda medalha de prata do Brasil nesta sexta-feira também veio de uma atleta que está pela primeira vez em um Mundial. A amapaense Wanna Brito cravou 6,80m no arremesso de peso da classe F32 (paralisados cerebrais) e garantiu o segundo lugar. Foi superada somente pela ucraniana Anastasiia Moskalenko, que arremesou em 7,50m. A australiana Rosemary Little ficou com o bronze, com 6,33m.

“Essa medalha representa muito trabalho, suor, luta, treino. E muito choro. Não foi fácil, foi muito difícil conseguir essa medalha. Agradeço aos meus técnicos, ao CPB, e à equipe toda”, finalizou Wanna, que teve diagnosticada paralisia cerebral no momento do parto.

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Os outros três bronzes do Brasil no dia vieram em provas de pista. O paranaense José Alexandre chegou em terceiro na prova dos 400m T47 (amputados de braço), com o tempo de 49s00. O paulista Lucas Lima, outro brasileiro na prova, chegou em sétimo (49s43).

Já o maranhense Bartolomeu Silva, 22, fez a sua melhor marca da temporada, 53s04, e conquistou a medalha de bronze nos 400m T37 (paralisados cerebrais). O ouro ficou com o ucraniano Yaroslav Okapinskyi (52s23), e a prata com o polonês Michal Kotkowsi (52s62).

O paraibano Ariosvaldo Fernandes, o Parré, foi o último brasileiro a conseguir um lugar do pódio no dia ao ficar no terceiro lugar da final dos 100m da classe T53 (que competem em cadeiras de rodas). Fez o tempo de 14s91 e ficou atrás do saudita Adbulrahman Alqurashi, que ficou com a prata com 14s84, e do tailandês Pongsakom Paeyo, que levou o ouro com 14s51.

“Final é final. Tive um pequeno erro no percurso da prova e isso me custou a medalha de prata. Sabia que iria ser uma prova muito complicada. Mas estou feliz pelo bronze, que tem um gostinho de ouro. É um trabalho e um esforço muito grande para estar aqui. Agora vamos nos dedicar para voltar ano que vem em Paris”, afirmou.

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Também presente em uma final, a catarinense Suzana Nahirnei encerrou a decisão do arremesso de peso F46 (amputados de braço) na sexta colocação, com 10,37m. A medalhista de ouro foi a norte-americana Noelle Malkamaki, que fez 13,32m.

Entre os brasileiros envolvidos em provas eliminatórias, os paulistas Daniel Martins e Samuel Conceição garantiram vaga na final dos 400m T20 (deficiência intelectual).

O primeiro, que busca o tetracampeonato mundial, chegou em terceiro na sua bateria com 48s17, enquanto o estreante conseguiu a classificação ao vencer sua prova com 48s41 e com ultrapassagem nos últimos metros antes da linha da chegada. A final será neste sábado, 15, às 14h45 (de Brasília).

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