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Filho acusado de matar pai envenenado em Natal é absolvido juri popular

Foto: Reprodução/TV Ponta Negra

O filho que envenenou o próprio pai no ano de 2017, na Zona Norte de Natal, passou por júri popular nesta quarta-feira (09) e foi absolvido. A defesa argumentou que a atitude foi porque o réu não aguentava ver o sofrimento do pai, que enfrentava um câncer terminal.

“Houve o crime de matar alguém? Houve. Mas existe um instituto no direito chamado clemência, que são as razões pelas quais autorizam os jurados a absolverem o acusado, e isso aconteceu”, explicou o advogado de defesa Cyrus Benavides.

Foto: Reprodução/TV Ponta Negra

Em entrevista exclusiva à repórter Vanessa Florencio, para o Patrulha da Cidade, o acusado falou sobre o resultado do processo, e diz estar muito aliviado. “No momento estou muito emocionado e alegre, sempre com Deus em primeiro lugar. Agradeço aos advogados Cyrus e Felipe, dois anjos da guarda na minha vida. Eu estava confiante, no momento fiquei tenso, mas agora estou muito emocionado”.

O julgamento aconteceu no Fórum Seabra Fagundes, em Natal, e durou até o início da tarde desta quarta-feira (9). O homem era acusado de ter tirado a vida do próprio pai, de 66 anos, que estava tratando um câncer na garganta. Ele usou veneno de rato. O argumento era de que ele não aguentava mais ver o sofrimento do pai, e também por ter perdido a esposa por causa do tempo dedicado ao aposentado. O acusado chegou a ser preso, mas recebeu a condição de responder o processo em liberdade.

“É um processo atípico, em que fazem um pré-julgamento, condenam mesmo antes. Mas a defesa colocou as cartas na mesa, depoimentos e mostrou a situação de não ter existido maldade. Um filho vendo um pai no estado terminal, que não comia, não falava, não andava. Ele também tomou o veneno, também tentou morrer. E o papel da defesa foi esse, lutar pela justiça”, explicou Benevides.

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O segundo advogado de defesa do caso também se pronunciou sobre o resultado. “Sempre trabalhamos pautados na boa fé e honestidade, e o resultado de hoje reflete a justiça que a sociedade entendeu. Ele merecia esse perdão, dar a volta por cima e recomeçar a sua vida sem esse fardo nas costas”, comentou Felipe Franco.

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