O presidente do Equador, Guillermo Lasso, decretou estado de exceção – similar ao de emergência – por 60 anos e garantiu a realização das eleições presidenciais no dia 20 de agosto. A declaração, feita na madrugada desta 5ª feira (10.ago), aconteceu poucas horas após o assassinato de Fernando Villavicencio, que disputaria o pleito este ano.
“Diante da perda de um democrata e um lutador, as eleições não estão suspensas. Ao contrário. Estas serão realizadas, e a democracia precisa se fortalecer. Essa é a melhor razão para ir votar e defender a democracia”, disse Lasso, reforçando que as Forças Armadas foram mobilizadas para garantir a segurança e a realização do pleito.
Durante a fala, o presidente também decretou luto oficial de três dias pelo assassinato de Villavicencio. O político foi atingido por três tiros na cabeça quando saía de um comício em uma escola em Quito, onde outras nove pessoas ficaram feridas. Até o momento, seis suspeitos de participar do crime foram detidos, enquanto um foi morto durante troca de tiros.
A suspeita, segundo Lasso, é que o crime tenha sido cometido pelo crime organizado. Isso porque, desde que entrou no poder, em 2021, o presidente vem enfrentando a maior crise de insegurança já registrada no Equador, sobretudo devido à proliferação e ações violentas de gangues ligadas às máfias do narcotráfico internacional.
Fonte: ABr