O cantor de brega funk Sérgio Murilo Gonçalves Filho, conhecido como MC Serginho Porradão, de 29 anos, e uma técnica de enfermagem foram mortos a tiros durante uma festa do Dia dos Pais, no bairro da Guabiraba, na Zona Norte do Recife, na noite desse domingo (13).
A confusão aconteceu na Praça da Bíblia, na comunidade de Bola na Rede. Segundo testemunhas, o MC Serginho Porradão tentou separar uma briga entre um casal formado por um policial militar e pela técnica em enfermagem Manuela Tenório da Silva, de 39 anos. Na discussão, o cabo da PM sacou a arma de fogo e atirou no cantor e na companheira.
A Polícia Militar informou que foi acionada por meio do 11º Batalhão. De acordo com a corporação, ao chegarem no local, os PMs já encontraram a enfermeira morta. Foram realizadas buscas, mas o suspeito do crime não foi encontrado.
O MC foi socorrido e encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Jardim Paulista, em Paulista, no Grande Recife. Ele ainda chegou a ser transferido para o Hospital da Restauração, no Derby, área central do Recife, mas não resistiu aos ferimentos provocados pelo tiro.
Em nota oficial divulgada à imprensa, a Polícia Civil de Pernambuco informou, basicamente, que “as investigações seguem até elucidação do crime”. O policial militar, cujo nome não foi revelado, segue foragido.
Na manhã desta segunda-feira, parentes das vítimas estiveram no Instituto de Medicina Legal (IML), no bairro de Santo Amaro, para liberação dos corpos. Muito abalado, o pedreiro Nelson Souza, tio do MC, contou que o rapaz também era estudante de educação física. Ele passou o domingo na casa de parentes e, no final da noite anterior, decidiu ir a praça acompanhar parte da festa.
“Ele disse que voltaria logo, mas infelizmente aconteceu isso. Estava no momento errado, na hora errada. A gente agora espera por justiça”, afirmou em entrevista à TV Jornal.
Em entrevista à TV Jornal, no IML, Mariana Tenório, a irmã de Manuela Tenório, afirmou que a relação da técnica em enfermagem com o policial militar era tumultuada por causa de ciúmes.
“Ele tinha ciúmes de tudo, da roupa dela, ela não podia ter amizade com homem que ele ficava com ciúme, do genro dele principalmente (…) Só quero justiça, que as pessoas consigam pegar ele, e fazer o que tem que fazer, justiça”, relatou.
SBT Nordeste (JC)