Economia

Alta no preço de alimentos pode ser provocada pelo aumento de combustível, alerta economista

Foto: Fernando Frazao/ABr

Nos últimos dias, a Petrobras promoveu reajustes nos valores da gasolina e do diesel, gerando um efeito perceptível na sociedade. Sempre que ocorrem alterações nos preços dos combustíveis, o impacto é sentido por toda a população, conforme aponta Carlos Eduardo Oliveira Júnior, economista e presidente do Sindicato dos Economistas de São Paulo.

“A população de uma maneira geral já começa a sentir no bolso esse impacto da elevação do preço dos combustíveis. E isso acaba impactando no transporte individual, do seu veículo — e também no transporte de produtos e serviços. E aí acaba impactando na sociedade como um todo, que provavelmente a gente vai perceber nos próximos meses uma oscilação nos preços com relação aos produtos comercializados”, explica.

A Petrobras adotou uma nova política de preços, dissociando-se da flutuação do dólar e dos mercados internacionais de commodities. Essa abordagem levou a uma recente redução nos preços dos combustíveis no Brasil. No entanto, a empresa indicou, nesta semana, a necessidade de ajustes à estratégia comercial, devido aos aumentos no preço do petróleo.

Luigi Mauri, economista, entendeu que essa nova política traz previsibilidade para os consumidores, uma vez que não segue a volatilidade do mercado internacional. Ele observa, no entanto, que esse reajuste atual pode provocar um aumento no médio prazo em alguns produtos, mas não afetará o transporte público.

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“Como não se pratica mais uma paridade com o barril de petróleo internacional e com o dólar, tem essa previsibilidade para o consumidor. Claro, vai ter aumento no médio prazo, até o fim do ano o consumidor deve sentir aumento no preço de alimentos, por exemplo. O transporte público não deve se alterar em princípio, porque é uma categoria muito subsidiada, então mesmo tendo aumentos nos preços dos combustíveis não tem um aumento imediato de passagens”, explica.

Mas qual foi o reajuste exato? A gasolina A, produzida nas refinarias e disponibilizada às distribuidoras, teve um aumento médio de R$ 0,41 por litro, alcançando o valor de R$ 2,93 nas distribuidoras. Isso representa um crescimento de cerca de 16%. Além disso, a gasolina comercializada nos postos é composta por uma mistura obrigatória com etanol anidro na proporção de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro.

No que diz respeito ao diesel, a Petrobras elevou o preço médio de venda para as distribuidoras em R$ 0,78, atingindo R$ 3,80 por litro. Isso corresponde a um aumento de 26%. O diesel comercializado também é uma mistura obrigatória de 88% de diesel A, produzido nas refinarias, e 12% de biodiesel. Essas reajustes ilustram a complexidade e os desafios da manutenção dos preços dos combustíveis em um cenário global em constante evolução.

Fonte: Brasil 61

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