O vereador cassado Alexandre Bobadra (PL), autor da proposta que transformou o dia 8 de janeiro no Dia do Patriota em Porto Alegre, pode virar alvo da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os atos golpistas em Brasília. Na sexta-feira (25), a deputada estadual Laura Sito (PT) enviou um ofício, por meio da relatora Eliziane Gama (Cidadania), para investigar Bobadra por “clara vontade de atacar a democracia”.
“O ex-vereador merece ser investigado, assim como os possíveis financiadores e fomentadores dos atos golpistas. Sabemos que ele tem estreitas relações com a família Bolsonaro, inclusive homenageou, na própria Câmara, Eduardo Bolsonaro. É um escárnio que a cidade que já foi conhecida como a Capital da democracia participativa no Brasil, tenha o dia 8 de janeiro reconhecido como este triste dia”, disse Laura.
Segundo a deputada estadual, além de enviar informações sobre a nova lei de Porto Alegre, o ofício conta com detalhes sobre as conexões de Bobadra com os acampamentos em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, e a possível participação do político na organização e financiamento dos atos golpistas.
Bobadra teve o mandato cassado no último dia 15, após uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral sugerida por três candidatos do PSL – partido pelo qual o político foi eleito em 2020. Os motivos que influenciaram na decisão foram abuso de poder econômico e dos meios de comunicação social. Segundo o Ministério Público Eleitoral, Bobadra recebeu R$ 280 mil do fundo eleitoral, metade de todos os recursos enviados pelo partido, e apareceu em cerca de um terço do tempo de propaganda eleitoral do PSL.
Com informações do SBT News
