A campanha de doação de órgãos é um importante movimento que ganha destaque no mês de setembro, conhecido como “Setembro Verde”. Este período é dedicado a promover a conscientização e incentivar a doação de órgãos para aqueles que estão na fila de espera por um transplante. Em entrevista ao programa “Tudo de Bom”, na TV Ponta Negra, a Dra. Kalyanne Cabral, nefrologista e membro da equipe de transplantes do Hospital Onofre Lopes, destaca a relevância dessa campanha e seus impactos positivos.
Segundo a médica, as campanhas, tem desempenhado um papel crucial em aumentar o número de doações na região. “No ano passado, em um período de um ano, conseguimos realizar 38 transplantes renais. E este ano, até o momento, já realizamos 37. Isso demonstra um crescimento significativo, e atribuímos muito desse sucesso à divulgação intensiva que tem ocorrido recentemente. Em todo o Brasil, temos visto um aumento no número de doações.”
Além disso, a Dra. Kalyanne Cabral, ressalta a eficácia do Sistema Nacional de Transplantes no Brasil, destacando sua organização e critérios de prioridade, especialmente no que diz respeito a transplantes cardíacos. É fundamental notar que a fila de espera para um transplante de coração é diferente da fila para um rim, o que permite uma distribuição mais precisa dos órgãos disponíveis.
“A taxa de recusa das famílias em autorizar a doação de órgãos após a constatação de morte encefálica é um desafio que ainda persiste. O diagnóstico de morte encefálica não é um processo simples e requer uma série de exames e avaliações de profissionais qualificados”, afirmou a nefrologista. No Rio Grande do Norte, assim como em muitos outros estados, a taxa de recusa ainda é alta, chegando a 60% na região. Muitas vezes, as famílias optam por não permitir a doação, mesmo quando o potencial doador já manifestou essa vontade em vida.