O exército de Israel emitiu, nesta sexta-feira (13), uma ordem para que os palestinos deixem a Cidade de Gaza em direção ao sul da Faixa de Gaza em até 24 horas. Segundo o porta-voz das Forças Israelenses, Jonathan Conricus, a evacuação é necessária “para a própria segurança dos habitantes”, uma vez que há expectativa para uma ofensiva terrestre.
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Isso porque os militares dizem ter informações de que integrantes do grupo Hamas estão escondidos em túneis na Cidade de Gaza – que abriga 677 mil pessoas. Conricus afirmou que, nos próximos dias, as operações serão “significativas” e que, por isso, os moradores não devem retornar ou atravessar a fronteira até que o governo israelense permita.
Pelas redes sociais, a Organização das Nações Unidas (ONU) disse ter recebido o alerta do exército de Israel, mas com a informação de que a evacuação deveria ser feita na região norte da Faixa de Gaza, onde há 1,1 milhão de pessoas. Apesar de já ter transferido o centro de operações para o sul, a entidade afirmou que a evacuação em massa é impossível.
“As Nações Unidas consideram impossível que tal movimento ocorra sem consequências humanitárias devastadoras”, disse o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, alegando que não há tempo suficiente para a transferência de todos os moradores. O diplomata pediu, então, que a ordem de evacuação seja revogada, “evitando o que poderia transformar o que já é uma tragédia numa situação calamitosa”.
A fala foi criticada pelo embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, que acusou a organização de “fechar os olhos” por anos para o armamento do Hamas e o uso da população civil na Faixa de Gaza. “Agora, em vez de apoiarem Israel após o massacre do Hamas, atrevem-se a pregar-nos quando Israel tenta minimizar os danos aos civis”, disse.
A Faixa de Gaza é um território palestino de 41 km de comprimento e 10 km de largura, que faz fronteira com Israel e Egito. O local, que tem o território menor que a cidade do Rio de Janeiro, é abrigo de 2,1 milhões de pessoas, que atualmente estão sofrendo com o desabastecimento de água, energia, alimentos e combustível devido ao isolamento feito pelo exército israelense, além de bombardeios diários.
*Com informações do SBT News