Augusto César Oliveira da Silva, mais conhecida como Gaby, mulher trans, está desaparecida desde o dia 15 de outubro. Caso aconteceu após ela marcar um encontro pelas redes sociais, em Nísia Floresta, na Grande Natal. Segundo o delegado titular de Nísia Floresta, José Medeiros, após a divulgação do caso pela imprensa, algumas pessoas começaram a denunciar, e com as novas informações a linha de investigação mudou.
“Antes a gente trabalhava com a linha de um crime passional, talvez um crime de transfobia, mas com as novas informações mudou um pouco a perspectiva. Alguém teria tentado marcar um programa pelo Instagram com ela, e ela foi. A gente tentou ter acesso a essas mensagens que foram trocadas, mas elas foram apagadas remotamente”.
Medeiros explicou que após essa confirmação, a equipe tentou localizar esse carro em que ela entrou, com base nas características que foram mencionadas. “Tentamos pegar algumas imagens próximo ao local, mas é muito difícil, porque a gente não tem uma placa, só algumas características gerais. Acabou ocorrendo um crime recentemente com um carro que tinha características similares”, disse o delegado.
Esse crime aconteceu em um município vizinho, e com isso, a equipe do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep-RN) foi até o local e fez a perícia no carro, achando sangue no interior do veículo. “Foi encontrado o sangue dessa vítima de homicídio, mas também havia sangue atrás, e com aspecto um pouco mais antigo. O que faria sentido ser o da Gabi, que sumiu no dia 15”, afirma o delegado.
José Medeiros ainda disse que “ainda não se sabe que tipo de ligação tem esses crimes, mas o material biológico foi coletado e enviado para o Itep, que agora vai para o laboratório – para a perícia genética, e deve passar mais ou menos duas semanas para termos esse resultado, que será para confirmar ou descartar ser o da Gabi”.
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