O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um apelo, na noite de domingo (29), para que Israel cumpra o Direito Internacional e permita um aumento considerável e imediato de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. A região está no centro do conflito entre Israel e o grupo Hamas, o que já resultou na morte de 8 mil palestinos em três semanas.
“Falei com o primeiro-ministro [israelense], Benjamin Netanyahu, sobre o cenário em Gaza. Sublinhei a necessidade de aumentar imediata e significativamente o fluxo de assistência humanitária aos civis em Gaza. Israel tem todo o direito de se defender do terrorismo, mas de forma coerente com o Direito Internacional Humanitário, que prioriza a proteção dos civis”, disse Biden.
A declaração acontece uma semana após a abertura da passagem de Rafah, no sul de Gaza, com o Egito para o envio de ajuda humanitária. Cerca de 10 a 30 caminhões com suprimentos básicos de sobrevivência estão atravessando a fronteira diariamente, número considerado insignificante pelas organizações não-governamentais que atuam na região.
Na noite de domingo (30.out), por exemplo, equipes do Médicos Sem Fronteiras relataram estar operando pacientes sem o uso de anestesia, uma vez que o produto acabou há dias. Mais cedo no mesmo dia, quatro centros de distribuição de alimentos e artigos de higiene da Organização das Nações Unidas (ONU) foram saqueados. “Este é um sinal preocupante de que a ordem civil está começando a desmoronar”, advertiu a Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA).
Desde o início da guerra, em 7 de outubro, mais de 9 mil pessoas foram mortas de ambos os lados da fronteira, sendo 8.005 palestinos e 1.045 israelenses. O número de feridos, por sua vez, chega a 20.242 em Gaza e 5.431 em Israel. Com a aproximação da ofensiva terrestre do exército israelense no norte de Gaza, o temor é que os óbitos aumentem significativamente.
*Com informações do SBT News