O único abastecimento de água que ainda entrava na Faixa de Gaza via Israel foi totalmente cortado nessa segunda-feira (30), segundo informações do Escritório das Nações Unidas para Assuntos Humanitários (Ocha). A entidade da ONU afirma que as razões para o corte são desconhecidas. “Anteriormente, esta linha fornecia 600 metros cúbicos de água potável por hora”. Israel, por outro lado, garante que não há falta de água na região.![]()
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Esse era um dos três aquedutos que abasteciam a Faixa de Gaza ainda em operação. Segundo o Ocha, essa estrutura abastecia o oeste da cidade de Khan Yunis, no sul do enclave, e havia sido reativado no dia 15 de outubro após o corte iniciado em 7 de outubro, dia do ataque do Hamas contra comunidades israelenses que acirrou o conflito na região.
Ainda segundo as Nações Unidas, o consumo de água pela população está 92% menor do que no período pré-hostilidades. O volume desse abastecimento chegou a oscilar ao longo dos dias de conflito, mas não havia sido ainda totalmente interrompido.
Outro aqueduto que abastece, via Israel, a Área Média de Gaza com cerca de 500 metros cúbicos de água foi danificado. No dia 29 de outubro, as autoridades israelenses autorizaram o reparo da estrutura, mas nenhum conserto foi realizado.
“Um terceiro duto que liga Israel ao norte de Gaza também permanece fechado desde 8 de outubro”, informou o Escritório da ONU.
Com isso, a água potável de Gaza está restrita à pequena ajuda humanitária autorizada a entrar via Egito e aos equipamentos de dessalinização da água do mar ainda em operação.
“Na Área Central e no sul de Gaza segue em funcionamento duas centrais de dessalinização de água do mar com cerca de 40% da sua capacidade, juntamente com 120 poços de água e 20 estações de bombeamento”, diz o informe da Ocha.
A situação na parte norte do enclave palestino é ainda mais grave: “Nem a central de dessalinização de água, nem o duto israelense que abastece essas áreas estão operacionais”. Além disso, o transporte de água foi interrompido no norte de Gaza nesta segunda-feira (30) “devido às operações militares em curso”.






















































