Elza teve Covid duas vezes, com todas as vacinas em dia, ela contraiu a doença mais uma vez na última semana. “Começou com uma moleza no corpo, como se fosse uma gripe, mas muito pior. Passei dois dias sem me alimentar de verdade. Sinto muito cansaço, qualquer coisa que eu vá fazer é um pouco pesado, além do suor constante. Não imaginava que hoje ainda fosse passar por isso, mesmo tendo tomado as vacinas, imagina se não tivesse tomado”, relata Elza.
A imunologista Janeusa Souto, do Departamento de Biociência da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), reforça a importância da vacinação que diminui o risco de um quadro grave da doença. “O SARS-CoV-2 continua circulando, a gente ainda continua num estado de pandemia, então o vírus continua na nossa população. Eventualmente, surtos de COVID-19 podem acontecer, alguns casos surgirem na comunidade e a gente vê um aumento de casos esporádicos, mas a situação no Brasil está controlada”.
Recentemente, segundo a plataforma Infogrip da Fiocruz , houve um aumento no número de casos em algumas regiões do país. No Rio Grande do Norte, pode haver subnotificação dos casos. O que se sabe é que os paciente acometidos com a doença de forma grave, não tomaram ou não completaram o esquema vacinal. “A gente realmente vê uma tendência de aumento em algumas regiões, mas no geral, no país, está controlado especialmente devido à imunização”, explica a imunologista.
Há cerca de um ano a Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap) não divulga o boletim diário, com o número de casos. Mas de acordo com os últimos dados, o estado teria registrado 8 mil óbitos pela doença. O Ministério da Saúde determinou que a imunização contra a Covid entre no calendário da vacinação das crianças a partir do ano que vem.
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