O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, renunciou ao cargo após ser alvo de uma operação de busca e apreensão, na manhã desta terça-feira (7). Ele é alvo de uma investigação do Ministério Público português acerca de sua suposta intervenção a favor de empresas em negócios de exploração de lítio e hidrogênio verde no município de Montalegre e Sines.
Em discurso televisionado em rede nacional, logo após a operação, Costa disse que “nestas circunstâncias, obviamente, apresentei a minha demissão ao Presidente da República”. O secretário-geral do Partido Socialista também defendeu a sua inocência e chorou ao agradecer à sua família pelo apoio ao longo dos anos.
“Confio totalmente no sistema de justiça”, disse ele. “Quero dizer aos portugueses que a minha consciência está livre de qualquer ato ilícito ou censurado.”
O ministro de Infraestrutura de Portugal, João Galamba, também é investigado no caso. Ao menos cinco pessoas foram detidas na operação desta 3ª, entre eles, o consultor de Costa, Diogo Lacerda Machado; o chefe de Gabinete do primeiro-ministro; assim como o prefeito de Sines, Nuno Mascarenhas. Costa, de 62 anos, estava em seu terceiro mandato e informou que não pretende se recandidatar ao cargo.