José Pereira Sobrinho é suspeito de matar o seu funcionário, Francisco Rogério Dantas, com golpes de faca, após uma discussão dentro da padaria em que ele é dono. Caso aconteceu no dia 27 de junho de 2022, em João Câmara (RN). Dedé da Padaria, como é conhecido, foi denunciado pelo Ministério Público pelo crime de homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e mediante recurso que lhe dificultou a defesa da vítima.
“A pretensão da acusação era de que existiam dívidas trabalhistas, e esse seria o motivo, que não foi verdade. De fato já foi esclarecido na primeira etapa do procedimento, com as testemunhas e os depoimentos”, explicou o advogado de defesa Rodrigo Martins.
O Tribunal do Júri da Comarca de João Câmara foi iniciado por volta das 09h30 desta quinta-feira (09), no fórum desembargador João Maria Furtado. A primeira testemunha a ser ouvida foi a viúva da vítima, ela disse que tem dois filhos com o padeiro e que ele reclamava dos direitos trabalhistas que estavam atrasados. Essa tese é defendida pelo promotor que atua na acusação.
“As provas que constam do processo realmente são muito claras, no sentido de que o José Pereira efetivamente iniciou o crime de homicídio e consumou o crime com sua própria vontade, sem que houvesse qualquer tipo de discussão ou briga envolvendo a vítima e o acusado”, explicou Leonardo Nagashima, promotor de justiça.
A viúva de Francisco Rogério espera por justiça. “Eu vi de uma forma que eles estão querendo alegar, inverter a situação, porque não existiu essa acusação de Rogério que ele xingou, ou agrediu a esposa de Dedé verbalmente, mas é a defesa deles. Eles estão querendo se fortalecer em cima disso aí, então o que a gente deve fazer é esperar só pela justiça de Deus e ver o que vai acontecer mais”.