“Hoje eu posso garantir que todos os envolvidos no assassinato de Kauet estão presos. Em três meses conseguimos a prisão de 100% dos envolvidos. Não trará a vítima de volta, mas a justiça será feita”. A declaração é do delegado Rodrigo Silva de Souza, responsável pela investigação da morte brutal do jovem empresário potiguar, Kauet Henrique Nascimento, 20 anos, em agosto deste ano em Foz do Iguaçu (PR).
A Polícia Civil do Paraná em ação conjunta com a polícia do Pará prendeu os envolvidos, três homens, apontados como os executores do crime, e uma mulher. Os presos possuem indicativo criminal no Pará e outros estados da federação e são considerados de alta periculosidade.
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QUADRILHA PERIGOSA
De acordo com a Polícia Civil do Paraná, o núcleo executor do crime foi preso na cidade de Belém, os mandados expedidos contra o núcleo logístico do grupo criminoso foram cumpridos na cidade de Aparecida de Goiânia (GO) e São Paulo (SP). Em entrevista coletiva para imprensa na manhã desta sexta-feira no Pará, o delegado explicou que a cidade de Foz do Iguaçu foi apenas o local escolhido para o assassinato, mas que a quadrilha articulava os crimes em outros estados.
No Pará, a ação se concentrou na Região Metropolitana de Belém. “A PCPR em conjunto com PCPA realizou o cruzamento de dados, o levantamento do local e monitoramento dos investigados, os quais estavam em uma casa na região do Mosqueiro, na praia do Paraíso, em Goiânia”, explicou a Polícia Civil.
A operação contou com 25 policiais da Divisão de Homicídios, além dos policiais da 6ª Subdivisão Policial de Foz do Iguaçu- Paraná.
SOBRE O CRIME
Durante as investigações de alta complexidade, a PCPR apurou que a vítima veio até Foz do Iguaçu para ir até o Paraguai, onde compraria celulares e revenderia em Natal, no Rio Grande do Norte, onde morava.
Ao chegar em Foz do Iguaçu, a vítima desapareceu. No dia 4 de agosto, foi morta após realizar transferências bancárias para contas indicadas pelos investigados, conduta que se enquadra no crime de extorsão qualificada pela morte.
Três dias após o desaparecimento, Kauet foi localizado morto no interior de uma residência. A PCPR apurou que ele realizou transferências dos valores que usaria para a aquisição dos aparelhos eletrônicos, além de ter solicitado ao seu pai mais uma quantia, totalizando R$ 86 mil reais transferidos aos criminosos.