Há cerca de uma semana, vem circulando nas redes sociais uma polêmica em torno do acidente aéreo da Chapecoense, ocorrido em 29 de novembro de 2016. A prefeitura da cidade La Unión, vizinha de Medellin, na Colômbia, decidiu colocar uma réplica do avião da tragédia, em uma praça no centro do município, como parte da decoração de Natal. Depois de receber críticas de colombianos e brasileiros, retirou.
Nesta quarta-feira (29), completa 7 anos que o Voo 2933, da empresa LaMia, caiu com 77 pessoas a bordo, em Cerro El Gordo, na Colômbia, enquanto estava a caminho de Medelin, local onde a Chapecoense iria disputar o jogo de ida da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional de Medellin. A queda do avião aconteceu por falta de combustível, segundo relatório feito pela Aeronáutica Civil da Colômbia.
A aeronave tinha atletas da Chapecoense, equipe técnica e diretoria do time catarinense, jornalistas e convidados, com destino para o Aeroporto Internacional José María Córdova, em Rio Negro, na Colômbia. A queda deixou 71 mortos e seis sobreviventes, dentre eles três jogadores do clube: Alan Ruschel, Jackson Follmann e Hélio Hermito Zampier Neto, mais conhecido como Neto.
Apenas Ruschel seguiu como futebolista e atualmente defende o gaúcho Juventude. Follman, que teve uma das pernas amputadas devido à queda, se tornou palestrante motivacional e cantor, vencendo o programa de talentos PopStar, em 2019. Já Neto tentou retornar aos gramados após sua recuperação, mas decidiu se aposentar da profissão por sentir dores durante os treinos e nas partidas. Hoje também dá palestras, além de trazer mensagens biblícas em suas redes sociais.
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Ele fez uma publicação relembrando quando esteve de coma, após sobreviver à queda:
“Há 7 anos acontecia a maior mudança que eu poderia ter em minha vida.” A Chapecoense também se manifestou em suas redes sociais e disse, por nota, que o o estádio do clube, Arena Condá, estará aberto ao público até às 17h desta 4ª feira para que os torcedores possam prestar homenagens às vítimas do acidente.
A prefeitura da cidade La Unión, vizinha de Medellin, na Colômbia, decidiu colocar uma réplica do avião da tragédia, em uma praça no centro do município, como parte da decoração de Natal. A estrutura ainda tem uma bandeira da LaMia, empresa responsabilizada pela tragédia. Após críticas nas redes sociais, a gestão municipal decidiu retirar a decoração com a homenagem duvidosa à Chapecoense. “A intenção da decoração de Natal nunca foi ferir a sensibilidade da comunidade, da mesma forma, entendemos e validamos o desconforto que foi causado, portanto, pedimos desculpas”, disse o prefeito.
SBT News