Familiares de Marcone da Silva, de 48 anos, denunciam que ele morreu vítima de espancamento em uma clínica de reabilitação na cidade de Extremoz, Região Metropolitana de Natal. A família relatou o caso durante o sepultamento do corpo de Marcone na manhã desta quinta-feira (21), no cemitério público da Vila de Ponta Negra, na Zona Sul de Natal.
Segundo familiares, na última segunda-feira (18), eles receberam uma ligação da clínica informando sobre a morte. Os parentes ficaram ainda mais surpresos após a funerária se recusar a recolher o corpo do local, alegando que o corpo tinha sinais de violência e não de morte natural.
O corpo de Marcondes foi liberado pelo Instituto Técnico e Científico de Perícia (ITEP) na noite da quarta-feira (20). A família ainda não recebeu o laudo do ITEP. Parentes relataram que durante a perícia, os técnicos informaram que o corpo já apresentava sinais de decomposição.
Segundo um filho de Marcone, um adolescente de 16 anos, durante as visitas, o pai nunca relatou situações de maus tratos. Mas, a família achou estranho quando a clínica pediu para que os parentes diminuíssem as visitas sob a justificativa que estavam atrapalhando o tratamento.
O Sistema Ponta Negra de Comunicação tentou contato com a clínica mas até o fechamento da matéria não conseguiu o retorno.
Segundo a família, Marcone tinha vários problemas de saúde, e após sofrer três AVCs ao longo da vida ficou com muitas sequelas que o tornaram cadeirante. Há cerca de três meses ele foi internado numa clínica de reabilitação para tratar dependência química.