Tecnologia

Estudantes criam “mouse sem toque” para pessoas com mobilidade reduzida

Três estudantes de uma escola estadual em Paracatu, região noroeste de Minas Gerais, desenvolveram o “Mouseduino”, um “mouse sem toque”, para inclusão de colegas com mobilidade reduzida e outras deficiências no uso de telas.

O dispositivo é instalado na armação de um óculos e funciona com os movimentos de cabeça para navegação e de piscadas dos olhos para seleção, possibilitando o uso de programas e internet com autonomia.

Eduarda Barbosa, Letícia Maria de Oliveira e Raina de Souza estão no segundo ano do Ensino Médio Integral da Escola Estadual Neusa Pimentel Barbosa, no curso técnico em Agropecuária.

Elas idealizaram o projeto, que teve a orientação do professor de Agrotech Flávio Barbosa, supervisionado pela professora de química Kátia Mendes.

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A ideia surgiu durante as aulas da disciplina de Flávio, com a proposta do professor, que é formado em Sistemas de Informação, as estudantes se aprimoraram nos conceitos de programação, robótica e no uso de plataformas tecnológicas.

 

Trabalho foi desenvolvido por adolescentes de Minas Gerais, sob orientação de professores da rede estadual de ensino | Divulgação/SEE-MG

 

O professor apostou na habilidade criativa das meninas para que elas buscassem uma solução para um problema do dia-a-dia.

“Quando temos capacidade de, na nossa própria escola, criarmos uma solução para melhorar nossa qualidade de vida. Acredito que as disciplinas de tecnologia devem sempre instigar nossos alunos a buscar soluções para as ‘dores’, sejam da escola ou da comunidade”, explica Flávio.

A estudante Eduarda Barbosa, 16 anos, destaca que as etapas de montagem e testagem foram suas preferidas e que estas escolhas podem ser importantes para a aprendizagem na sua carreira.

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“É algo que pode influenciar a gente no futuro, na escolha da carreira, mesmo que não seja na tecnologia, porque é um conhecimento que vai ser nosso para o resto da nossa vida”, explica Eduarda.

Já Letícia Oliveira, 16 anos, quer usar a experiência para seguir na área de Tecnologia.

“Aprendi bastante durante a criação e acredito que vai agregar muito em minha vida, pois tenho interesse na área de tecnologia”, argumentou.

O projeto funcionou na prática: um colega que tinha mobilidade reduzida e um outro cego conseguiram usar bem o equipamento.

O dispositivo foi criado a partir de um esquema básico Colibrino, com um circuito Arduino Leonardo, um acelerômetro e giroscópio MPU6050, sensor infravermelho TCRT 5000, placa para montar o circuito, resistores, cabo USB e uma armação de óculos para sustentar os sensores.

Projeto desenvolvido no esquema básico do Colibrino para o Mouseduino | Reprodução

 

A codificação do projeto está disponível em no site de código aberto Github.

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Seis meses de trabalho que rendeu prêmios

O mouse sem toque foi desenvolvido em seis meses e testado com duas pessoas, provando o sucesso do dispositivo | SEE-MG

Após seis meses de desenvolvimento do protótipo do Mouseduino, o trabalho foi reconhecido.

 

O projeto ficou em 2º lugar na Feira Virtual Stem Brasil 2023, na categoria “Tecnologia, Inovação e Robótica” e também ficou na segunda colocação na categoria “Meninas na Ciência”.

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