“Eles falavam muito que já conheciam a minha rota, minha família, meus irmãos. Diziam sempre que tinha uma pessoa me olhando direto”. Este é um trecho do relato do mecânico, Ronaildo da Silva Fernandes, 38 anos, que tem uma propriedade na zona rural de Baraúna, e foi obrigado a dar assistência aos dois fugitivos do Presídio Federal de segurança máxima de Mossoró durante quase oito dias.
Ronaildo da Silva conversou com o repórter Ranilson Oliveira, da TV Ponta Negra, Sistema Ponta Negra de Comunicação, neste domingo (25). Ele contou que estava em casa na madrugada do domingo (18), quando Deibson Mendonça e Rogério Nascimento chegaram. “Eles chegaram tipo normal, diziam para fazer o que eles mandassem e quando eles se recuperassem, iam embora”, explicou o mecânico.
Confira a entrevista completa no Patrulha da Cidade desta segunda-feira (26)
O mecânico teve que fornecer água e comida para os fugitivos e era ameaçado, caso contasse algo ou denunciasse à polícia. “Eu fiz tudo da forma que eles disseram que era para fazer, saía daqui para a minha oficina na cidade, e não conversava nada com ninguém. Eles liberaram para eu levar minha mulher e meu filho, mas continuavam dizendo que tinha alguém vigiando meus passos”, contou Silva.
Rogério Mendonça e Deibson Nascimento fugiram no dia 14 de fevereiro do presídio. A dupla, desde então, não foi encontrada. A Polícia Federal prendeu três suspeitos de terem auxiliado os fugitivos do presídio de Mossoró na quinta-feira (22). Atualmente as buscas acontecem em Mossoró e também na cidade de Baraúna. As buscas chegam ao 12º dia neste domingo (25).