A Prefeitura de Natal decretou situação de emergência na cidade, pelo prazo de 90 dias, com o período podendo ser prorrogado, em razão da epidemia, face o aumento dos casos notificados de dengue na cidade. A publicação oficial do estado de emergência foi feita na edição do Diário Oficial do Município (DOM), da sexta-feira (01).
De acordo com o secretário de saúde Natal, George Antunes, a primeira ação para conter os avanços de casos de dengue foi atualização do plano de contingência. “A gente tem um plano de contingência que a cada ano a gente vai atualizando para o caso das arboviroses. A gente tem um para cada uma ameaça de saúde pública. Dentro dessa atualização do plano, nós fizemos a primeira reunião aqui, ordenada pelo prefeito e conduzida pelo chefe de gabinete, para acionar o gabinete de crise envolvendo todas as outras secretarias”, disse.
Mais de 30 mil domicílios já foram visitados pelos agentes e, em todos, ainda segundo o secretário, foram encontrados focos do mosquito.
O Panorama das Arboviroses no município do Natal em 2024, apresentado neste sábado (02), apontou que os bairros com maior concentração de casos são: Pajuçara; Lagoa Azul, Redinha, Nossa Senhora da Apresentação; Igapó; Felipe Camarão; Nazaré; Cidade da Esperança; Rocas; Tirol e Planalto.
O secretário ainda destacou a distribuição de repelentes para gestantes como parte das ações. “Fizemos agora também a distribuição dos repelentes para gestantes, vamos fazer uma compra de repelentes também para tentar distribuir o máximo que a gente puder na população, onde a gente tem uma maior probabilidade de adornamento, que a gente já tem identificado e mapeado as áreas onde tem o maior adensamento de focos do mosquito”, frisou.
O prefeito de Natal, Álvaro Dias, afirmou que a cidade já vive um cenário de pandemia diante do crescente número de casos. “É considerado epidemia, mais de 700 casos diagnosticados, a curva de nível que vem sendo monitorada pela Secretaria de Saúde já constata realmente a epidemia de dengue e, portanto, nós a partir de agora, vamos partir para o enfrentamento”, esclareceu.
“Estamos aí convocando o Gabinete de Crise, várias secretarias para atuar de forma integrada com a Secretaria de Saúde, fazer um apelo também à população para que contribua, evite a presença nas suas casas, nas suas ruas de poças de água, que é o local de contaminação mais frequente da dengue, onde o mosquito fica instalado para transmitir a doença”, disse Álvaro Dias ainda.
Até a sexta-feira (01), 4.802 doses da vacina contra a dengue tinham sido aplicadas. Para se imunizar, o munícipe deve ter entre 10 e 14 anos, 11 meses e 29 dias. O esquema vacinal do imunizante Qdenga é composto por duas doses com intervalo de três meses entre elas.