Conecte com a gente

Olá, o que você está procurando?

Cidades

Três anos após receber transplante de medula, potiguar tem encontro com doador

Foto: Cedeida

Maria Francineide Fernandes Rocha, 61 anos, uma mulher ativa, sempre preocupada com a saúde. Alimentação saudável e atividade física sempre estiveram presentes na rotina dela. Uma fadiga após um dia de trabalho acendeu o alerta e logo ela procurou atendimento médico. No resultado do hemograma estava a notícia que não imaginava: leucemia. O ano era 2020, em meio à pandemia do Coronavírus, ela precisou enfrentar a descoberta do diagnóstico e o início do tratamento.

Moradora da cidade de Angicos, distante cerca de 154.79 quilômetros de Natal, Francineide procurou um laboratório particular após o surgimento do sintoma no final de abril de 2020. Horas depois, quando saiu o resultado, os técnicos do laboratório explicaram a suspeita. “O máximo de leucócitos, para uma pessoa saudável, é 10 mil. Ela estava com tantos leucócitos que a máquina do laboratório não conseguiu contabilizar. Chegava um determinado número e zerava”, conta a filha de Francineide, Flávia Rocha. O estabelecimento médico orientou, então, que ela buscasse atendimento especializado com urgência. “Estávamos no início da pandemia, em quarentena. Passamos em casa só para pegar roupa e a gente já veio para Natal”, explica Flavia.

Leia também:
Festa no Seridó: após 13 anos, açude Gargalheiras transborda

Já em Natal, após a consulta com um hematologista, o mielograma (exame específico que confirma o diagnóstico de leucemia) acusou que Maria Francineide tinha mais de 190 mil leucócitos e a confirmação do diagnóstico de Leucemia Mieloide Aguda de alto risco. “Um momento de angústia muito grande. Uma queda para uma pessoa aparentemente saudável”, recorda.

Anúncio. Rolar para continuar lendo.

O tratamento começou durante a pandemia e ela precisou ficar internada diante da alta dose de quimioterapia. Foram sete meses de quimioterapia de remissão e consolidação para manter a leucemia fora do corpo. Mas a única chance de cura viria através do transplante de medula óssea.

As três filhas de Francineide e o único irmão dela fizeram o teste de compatibilidade. Todos eles tinham apenas 50% de compatibilidade com ela. Como a doença estava controlada, o médico decidiu aguardar por um doador 100% compatível.

A confirmação de um doador 100% compatível veio em menos de um ano após a inscrição no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME).

A doação

Anúncio. Rolar para continuar lendo.

No dia 7 de janeiro de 2021, Francineide realizou o transplante. A doação veio de Minas Gerais. Egnaldo Junior, 37 anos, saiu do estado mineiro para a capital do Rio Grande do Norte para realizar a doação de medula óssea. Francineide e Egnaldo, no entanto, não chegaram a se encontrar.

Após 18 meses de transplante, é possível solicitar a quebra do sigilo e tentar contato entre doador e receptor. E, após muita conversa por telefone, o encontro emocionado aconteceu na tarde da quarta-feira (10), em Natal. Egnaldo Junior não veio sozinho, fez questão de trazer a família para conhecer Francineide e a família dela.

Veja o encontro

 

Ver essa foto no Instagram

 

Anúncio. Rolar para continuar lendo.

Uma publicação compartilhada por TV Ponta Negra- SBT (@tvpontanegrarn)

“Foi um encontro muito desejado, eu não tenho como expressar minha gratidão pelo que ele fez por mim. Foi uma bênção de Deus ter conhecido ele e a família, pessoas que até então nem sabiam da minha existência. Ele se disponibilizou de sair da cidade dele, em Minas, para vir para aqui com um coração tão nobre só para fazer essa doação, salvando não só a minha vida, mas também abençoando a vida de toda a minha família. Minha doença era grave e a cura era só através da doação. Então, eu tenho uma gratidão enorme por ele. Não tenho como pagar esse favor e esse amor que ele teve por mim”, afirma com alegria Maria Francineide.

Egnaldo, que virou doador no ano de 2009, nem imaginava que iria contribuir para mudar a vida de alguém, muito menos que teria a oportunidade de conhecer essa pessoa.

Anúncio. Rolar para continuar lendo.

Foto: Cedida

“Não me custava nada a doação, não faria mal, até pelo contrário me faria muito bem em saber que ajudei toda uma família a continuar unida por mais tempo. Me senti muito feliz em realmente ser útil a alguém que não conhecia e que agora faz parte da minha vida. Realmente, acho que viemos ao mundo para ajudar uns aos outros. Foi o que fiz e tento fazer quando é possível. Se cada um fizer sua parte, quem sabe um dia tudo não melhora?”, diz.

Foto: Cedida

A medula do Egnaldo não devolveu só a vida para Francineide, trouxe também uma nova família. Ela, mãe de três filhas, ganhou um filho e mais uma neta.

 

Notícias relacionadas

Mulher S/A

Jovem, descolada, animada e com presença ativa nas redes sociais, a influencer Helloize Pamella, de 32 anos, é mãe de dois filhos, Miguel, de...

Mulher S/A

“Senti o peso do laudo e chorei. Mas sequei as lágrimas e fui embora em busca de outras coisas que pudessem nos ajudar a...

Mulher S/A

“A mãe acorda e faz o que precisa ser feito, não o que ela quer fazer na hora que ela quer fazer. Ela faz...

Mulher S/A

O grande sonho da vida de Rosilene Moreira Bezerra Fernandes, 40 anos, era ser mãe. Desde pequena, Rosi, como é conhecida, planejava quantos filhos...

Publicidade

Copyright © 2022 TV Ponta Negra.
Desenvolvido por Pixel Project.

X
AO VIVO