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Entenda o que é a febre oropouche e saiba diferenciá-la da dengue

Foto: Maria Luiza Felippe Bauer/Instituto Oswaldo Cruz

A febre oropouche, transmitida aos seres humanos principalmente pela picada do Culicoides paraensis conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, tem um ciclo silvestre e um ciclo urbano. Os promeiros casos no Brasil foram registrados na década de 1960. Desde então, casos isolados e surtos já foram relatados.

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Dados do Ministério da Saúde revelaram que 3.354 casos doram confirmados neste ano, de acordo O informe é da última terça-feira (9).

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Segundo o Ministério da Saúde, houve um aumento na detecção de casos da doença a partir de 2023 nos estados da região amazônica — onde a febre é considerada endêmica — devido à descentralização do diagnóstico laboratorial de biologia molecular detectável para o vírus, com testagens disponíveis em locais que não estavam antes.

Fora da região Norte, os estados em que mais houve registros da doença são Bahia (31), Mato Grosso (11), São Paulo (7) e Rio de Janeiro (6), de acordo com o Ministério da Saúde. A pasta trabalha com a possibilidade da maior parte dos locais de infecção terem sido na região amazônica.

Diferenças entre dengue e febre oropouche

Tanto a dengue quanto a febre oropouche são arboviroses, ou seja, transmitidas por artrópodes. Segundo Rivaldo Venâncio, pesquisador da Fiocruz, as mudanças climáticas podem ter sido o motivo para o aumento de ambas.

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No ciclo silvestre do inseto transmissor da oropouche, bichos-preguiça e primatas não-humanos (e possivelmente aves silvestres e roedores) atuam como hospedeiro. No ciclo urbano, o homem é o hospedeiro principal. Eventualmente, o mosquito Culex quinquefasciatus pode transmitir o vírus em ambientes urbanos.

Já no caso da dengue, o vetor é o mosquito Aedes aegypti. Há uma diferença primária entre a reprodução dos dois transmissores.

“O Aedes aegypti procria na água parada. Enquanto isso, o Culicoides paraensis se reproduz na matéria orgânica, em locais como folhas e frutas em decomposição”, afirma o pesquisador.

Quanto aos aspectos clínicos, os sintomas das duas doenças são similares. Os pacientes relatam febre, dor de cabeça, dor muscular e articular. Podem ter ainda tontura, náuseas e vômitos nos dois casos.

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As diferenças podem começar a ser percebidas após os primeiros dias de contágio: o paciente que tiver evolução do quadro da dengue pode começar a sentir abdominal intensa e hemorragias internas, o que não é o caso da oropouche. “A febre pode gerar apenas pequenos sangramentos, nas gengivas, por exemplo, nada tão intenso como a dengue”, diz Venâncio.

Além disso, cerca de 60% dos pacientes com oropouche deverão notar a apresentação de um ciclo bifásico da doença: a pessoa tem sintomas como febre e dores por alguns dias, e eles desaparecem em seguida. Após uma semana, o quadro da doença retorna, até, então, sumir novamente.

Os sintomas duram de dois a sete dias, com evolução benigna e sem sequelas, mesmo nos casos mais graves. Não há relato de mortes associadas à infecção até hoje.

No entanto, há casos de comprometimento de sistema nervoso central, com quadros como meningite asséptica e meningoencefalite, especialmente em pacientes imunocomprometidos.

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Se a pessoa viajou para a região amazônica e retornou com manifestações clínicas que podem sugerir oropouche, dengue ou até chikunguya, deve procurar uma unidade de saúde para uma avaliação clínico-laboratorial.

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