A Sessão do Júri dos quatro policiais militares acusados de participação na morte do jovem Giovanni Gabriel de Souza Gomes, 18 anos, em 5 de junho de 2020, que deveria iniciar nesta terça-feira (4) foi adiada para os dias 2, 3, 4 e 5 de julho. A decisão é da Primeira Vara Criminal de Parnamirim, responsável pela realização do julgamento.
O Ministério Público recusou o sétimo jurado escolhido para figurar no Conselho de Sentença, desta forma, não se obteve o número mínimo necessário de jurados, inviabilizando o julgamento. Como não havia mais jurados para ser sorteados, o júri foi remarcado.
Na manhã desta terça-feira, manifestantes montaram barracas do lado de fora da Primeira Vara Criminal de Parnamirim, pediam justiça e a condenação dos acusados.
Os quatro PMs, Anderson Adjan Barbosa de Souza, Bertoni Vieira Alves, Valdemi Almeida de Andrade e Paullinelle Sidney Campos Silva, teriam confundido Gabriel com um ladrão de carro. Uma imagem de câmeras de segurança, mostram o jovem correndo bem próximo de uma viatura da PM em Parnamirim.
Segundo o advogado de defesa do PM Paulinelli, Jailton Paraguai, os militares foram absolvidos no tribunal militar da acusação de sequestro e ocultação de cadáver e a é que sejam absolvidos no juri popular, já que o processo é mesmo. “Não há provas nos autos de que ele tenha participado. A estação rádio-base não acusa que ele esteva em Parnamirim. O que o Ministério Público alega é que ele teria mandado os outros PMs executar”, explica o advogado.
Já o MP contesta a defesa do PM e alega haver provas contundentes. “O Ministério Público tem certeza da culpa de todos os acusados. Uma delas são as conversas extraídas do telefone de um dos acusados”, afirma a Promotora Fernanda Lacerda, acrescentando que ainda existem outras provas.