O primeiro-ministro da França, Gabriel Attal, anunciou neste domingo (7) que vai renunciar ao cargo nesta segunda-feira (8). A decisão foi tomada algumas horas após as projeções das eleições legislativas no país apontarem que o bloco de esquerda, Nova Frente Popular, conquistou a maior parte dos assentos no Congresso francês. Attal pertence ao partido Renaissance (Renascimento), do presidente francês, Emmanuel Macron, e está no cargo desde o início de 2024. Ao anunciar a saída, disse que ser primeiro-ministro é “a honra de sua vida”.
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O pedido de demissão do cargo não é comum, mas indica o reconhecimento de que não há maioria para governar. Mesmo anunciando a renúncia nesta segunda, Attal pode permanecer no cargo por mais alguns dias. Macron ainda precisa aceitar a rescisão e já sinalizou que não vai tomar uma decisão imediata, pois a Assembleia Nacional vai definir sua nova formação apenas em 18 de julho, e assim, escolher um primeiro-ministro. “O grupo político que eu representei nesta campanha, mesmo com um resultado três vezes maior do que o que era previsto, não tem uma maioria. De acordo com meus princípios, vou entregar amanhã de manhã minha demissão ao presidente da República”, disse Gabriel Attal.
Apesar da derrota dos governistas, houve uma frente ampla para barrar o avanço da extrema-direita, que conseguiu votação expressiva no primeiro turno. Macron e Attal passaram a última semana pedindo para que candidatos de seu partido, o Renascimento, que estavam em terceiro lugar, deixassem a disputa. O mesmo aconteceu na esquerda, com o líder do partido França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon, apoiando a desistência de candidatos da aliança de esquerda em distritos onde havia maior chance dos centristas vencerem os candidatos apoiados por Marine Le Pen (líder da extrema-direita) e Jordan Bardella.
*Com informações do SBT News