Em apenas uma semana, o Rio Grande do Norte registrou três casos de feminicídio. Em todos os casos, as vítimas possuem como principal suspeito os seus companheiros. A delegada da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), Victória Lisboa, fez um alerta para que as mulheres possam observar os sinais de uma relação abusiva e, a partir desses sinais, possam procurar ajuda e realizar a denúncia.
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“Primeiro vem aquela fase de lua de mel, mas depois vem o agressor e começa a mostrar condutas, seja manipulando, seja tentando controlar o comportamento da mulher, seja difamando, agredindo física ou verbalmente e, algumas vezes a mulher até resolve tomar uma medida: vai à delegacia, registrar o boletim de ocorrência, pedir uma medida protetiva, mas logo após, acontece muitas vezes uma reconciliação e volta a fase da lua de mel, é um ciclo da violência”, alerta, destacando que, muitas vezes o companheiro volta a apresentar uma conduta abusiva.
A delegada orienta que se faz necessário o comparecimento a uma delegacia para evitar que situações mais graves possam acontecer. “É melhor comparecer a uma delegacia e evitar algo maior. Pedir uma medida protetiva para evitar que perdure e o ciclo da violência continue”, explica.
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Segundo dados da DEAM, a delegacia recebe em média seis pedidos de medida protetiva por dia, uma média de 120 pedidos por mês.
Só no ano de 2024, 12 casos de feminicídio foram registrados em todo o Estado. Em 2023, o número de casos registrados no RN foi 24.
De acordo com dados do Governo Federal, a cada 6h, um caso de feminicídio concretizado é registrado no Brasil.