Nas férias, as crianças costumam ficar mais agitadas e com isso, aumentam os acidentes infantis porque é nesse período, que eles passam mais tempo em casa e por achar que eles estão mais protegidos nos ambientes domésticos, os responsáveis acabam não identificando os riscos e deixam de tomar providências para reduzí-los. É nessa época também, que esse índice em relação aos idosos também crescem. Na maioria das vezes, são eles, os responsáveis por ficarem com as crianças em casa, enquanto os pais vão trabalhar. Devido a isso, estudos do Ministério da Saúde, alegam que 70% dos acidentes entre crianças e idosos acontecem nas residências. No entanto, as quedas podem ser evitadas através de cuidados simples e redobrados, com algumas adaptações na arquitetura do ambiente familiar.
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Segundo especialistas, a dica é deixar o ambiente mais favorável para as crianças e os idosos. Redes ou grades, em todas as janelas. Produtos de limpeza e remédios precisam ser guardados fora do alcance das crianças, além de objetos de enfeites pontiagudos. Importante também ter
cuidado com as estantes, principalmente para as crianças, que podem subir e cair.
Outro cuidado importante é com os tapetes e mesas de centro. Eles podem ser vilões das pessoas idosas e das crianças, aumentando o risco de acidentes. As mesas de centro devem ficar próximas de alguma das paredes e os tapetes podem ganhar fixadores de silicone nas pontas.
Atenção com cuidados também nos banheiros. As pessoas pensam que acessibilidade é ter apenas uma barra de apoio no banheiro, porém, envolve um conjunto de medidas preventivas para conseguir um bom resultado. Em portas de correr, como as que dão acesso a sacadas e varandas, a melhor opção é de trilhos embutidos no piso, de modo a evitar quedas. Os cuidados com o solo também incluem pisos antiderrapantes, que garantem maior aderência ao caminhar. Isso também vale para os corredores, já que os pequenos muitas vezes só querem estar correndo pela casa.
A largura das portas muitas vezes torna-se um empecilho quando o idoso possui dificuldades de locomoção e precisa de andadores ou cadeira de rodas. Aumentar as proporções de portas para passagens de uma cadeira, por exemplo, já melhora a movimentação.
Para os quartos, a recomendação é a utilização de camas mais baixas. O ideal é que ao sentar, os pés encostem no chão e a perna forme um ângulo de 90º. A grade da cama também é outro adereço no quesito segurança, tanto para crianças quanto para os idosos. Isso porque, o produto evita que haja acidentes durante o sono e também ao longo do dia. E para os pais que dormem com os pequenos e querem garantir essa proteção no sono, há modelos que se enquadram perfeitamente em camas de adultos.
As garagens também são locais perigosos por conta do fluxo de veículos e pelos diversos objetos aleatórios que são guardados no ambiente. Colocar travas de segurança nas portas dos armários ou até mesmo grade de proteção, ajuda a redobrar esses cuidados. Os pequenos também devem ser supervisionados ao ficarem sozinhos nos quintais, havendo um cuidado especial com os brinquedos que oferecem riscos de queda, como escorrega, trepa-trepa e os balanços.
Para quem tem piscina em casa ou no condomínio, é imprescindível a supervisão de um adulto, mesmo que a criança saiba nadar e esteja usando boias ou coletes salva-vidas. A piscina pode ficar completamente separada de outros espaços, sendo protegidas por muros ou grades com altura mínima de 1,50m e portões com dispositivos de autofechamento. Isso dificulta o acesso das crianças e exige que elas peçam a ajuda de um adulto para acessar a área. Essa medida visa criar um obstáculo físico entre áreas de maior descontração para os adultos daquela de maior risco para as crianças. Por isso, o uso de cercas vivas e lonas também deve ser evitado. Afinal, eles não criam barreiras confiáveis, nem isolam a área da piscina. Plásticos flexíveis e piscina deveriam ser considerados inimigos e nunca poderiam ser colocados no mesmo espaço. O risco de uma criança cair, se enrolar no material ao se debater e causar um afogamento é bem grande. Adotar coberturas plásticas com materiais resistentes e próprias para piscina seria o ideal. Considere que o valor investido nesse item representará menos riscos para as crianças. Quanto às piscinas infláveis, a dica é esvaziá-las após o uso e guardar longe do alcance dos pequenos.
Iluminação também é primordial para evitar as quedas entre crianças e idosos. Afinal, um ambiente bem iluminado proporciona uma visibilidade maior. Com isso, a dica é trabalhar com a temperatura de luz entre o neutro e o mais amarelado, com a finalidade de
trazer mais aconchego ao ambiente.
São pequenas mudanças e adaptações, que reduzem os acidentes domésticos e facilitam a qualidade de vida daqueles que amamos. Existem estudos que mostram que 90% dos acidentes podem ser evitados com medidas simples de prevenção. Portanto, os cuidados que pais e responsáveis têm durante todo o ano devem ser reforçados no período de férias, para que as crianças possam se divertir e crescer de forma segura.