Com R$ 208,8 bilhões, a arrecadação do governo federal bateu recorde para o mês de junho desde o início da série histórica, iniciada em 1995. O valor representa um aumento real (acima da inflação) de 11,02% frente ao mesmo mês do ano passado. A arrecadação do primeiro semestre também foi recorde, atingindo R$ 1,3 trilhão (aumento de 9,1%).
A União vem registrando recordes mensais de arrecadação desde janeiro, impulsionada por mudanças tributárias aprovadas no Congresso Nacional em 2023, como a tributação de fundos exclusivos, as offshores e alterações na tributação de incentivos concedidos por estados, além da limitação no pagamento de precatórios por decisões judiciais.
O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, afirmou, em coletiva nesta quinta-feira (25), que as compensações recuaram 5,36% neste ano até junho. “A trajetória de redução das compensações vai se manter”, disse. Segundo ele, o crescimento na arrecadação também se deve a uma atuação da administração tributária para recuperar recursos devidos por contribuintes.
A Receita destacou o aumento na arrecadação do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (IRPF), que cresceu 21,26% devido à atualização de bens e direitos de brasileiros no exterior, totalizando R$ 39,8 bilhões de janeiro a junho. No mesmo período, a arrecadação da Receita Previdenciária somou R$ 316,9 bilhões, um crescimento real de 5,37%.
No sentido contrário, as enchentes no Rio Grande do Sul resultaram em uma perda de arrecadação estimada em R$ 8 bilhões. A projeção foi feita com base na arrecadação no mesmo período do ano passado.
Fonte: SBT NEWS.